Monday, October 16, 2006

Apenas mais uma

Decepção. Mais uma. Não que tenha sido tão difícil lidar com essa, mas é que em dado momento da noite eu lembrei de você. Desejei te ter ao meu lado pra sentir aquela sensação de segurança mais uma vez. Falsa segurança. Mas naquele instante isso era o que menos importava, aliás, nada importava quando eu estava com você. Era fácil esquecer tudo que estava errado ao seu lado. Faz falta. Eu não conhecia o real significado da palavra felicidade até encontrar você. Também não fazia idéia de como a palavra sofrimento tinha tantas variantes e que era possível sentir cada uma delas depois que você me deixou. Ficou uma lacuna, uma sensação de vazio. Vazio que NINGUÉM consegue preencher e nem chega perto disso.
Querendo ou não, com tudo que me aconteceu aprendi a ser mais independente, a não depender tanto dos outros. Mas tem momentos em que isso é irrelevante, pois eu não sou tão forte e inatingível e às vezes também desabo, e nessas horas tudo que eu queria era alguém pra me confortar como você fazia, mas eu não tenho.
Eu ainda guardo uma carta que fiz pra você e não pude entregar. Não que isso importe agora, mas o que está escrito lá nunca vai deixar de ser verdade. E junto com essa carta, também se encontra meu coração. Guardado no fundo de uma gaveta escura e fria. Inacessível e esquecido, pois foi lá que você o deixou e ninguém mais conseguiu encontrá-lo.
Enganei-me ao pensar que o pra sempre havia acabado, porque pra sempre eu vou lembrar do teu abraço, do teu cheiro, do teu toque, da sua voz, do seu olhar e do seu sorriso, que era aquele que também me fazia sorrir. E pra sempre isso vai me fazer falta. Sempre. Não passa um único dia que eu não pense em você e pense em como as coisas poderiam ter sido tão diferentes.
Decepção. Mais uma. Depois de você, toda decepção é apenas mais uma. Tão desinteressante quanto qualquer outro fato banal...