Saturday, June 25, 2011

Desalento

Para mim, esse negócio de terminar um relacionamento de forma amigável é coisa de gente madura e muito bem resolvida. Atitude louvável eu diria, pois convenhamos, términos são dolorosos e às vezes é difícil manter a compostura diante da situação.
Pela introdução dá para perceber que eu estava acostumada a rompimentos dramáticos envolvendo gritos, choradeira, portas batendo, pontapés e afins. Esse tipo de coisa me faz pensar que espécie de pessoa eu era e com quem andava me envolvendo, mas enfim... Esse não é a questão. O que eu me pergunto é: qual a vantagem de romper amigavelmente? Afinal, a dor excruciante é a mesma nos dois casos.
A única vantagem que vejo é que se você se portar bem no término, a razão do seu desafeto não vai pensar que você é uma louca desvairada e que fez certo ao se livrar de você. Mas que diferença faz, se de qualquer forma ele terminou e está bem difícil pensar numa outra coisa que não seja nisso?
Fico imaginando se não seria melhor finalizar o show com xingamentos e muito ódio no coração? Se dessa forma não seria mais fácil colocar um ponto final e seguir adiante? Não sei. Não sei mesmo. Os dois caminhos são horríveis e te levam para o mesmo lugar: uma casa vazia sem ninguém para esquentar a cama e te dizer que apesar do teu dia ter sido uma merda, tudo vai ficar bem.
Ok, ok. Chega de ser irracional. Estou começando a me deixar levar pelo lado negro da força. O importante nesse momento é lembrar-se dos bons momentos e se livrar da mágoa. Foi melhor assim e depois que eu me convencer que isso é verdade, conseguirei convencer qualquer um...

Friday, June 24, 2011

Now we all know the words were true in the sappiest songs

Depois de quase um ano sem dar as caras por aqui, voltei. Com más notícias, claro. Pois, não sei o que se passa, mas sou tomada por um surto de inspiração quando estou passando por maus bocados, e sei que isso não acontece só comigo. Mas a verdade é que preferi escrever ao invés de ficar me debulhando em lágrimas, porque já fiz isso ontem e antes de ontem.
Enfim, antes da minha vida ser como um dia ensolarado num jardim florido, passei por um por um relacionamento traumático que me proporcionou várias seqüelas emocionais. Além das fraturas expostas e do coração partido adquiri vários hábitos peculiares no que dizia respeito à interação com nível afetivo para com outros seres humanos e um deles foi o hábito de sempre querer “sair por cima da carne seca”, não importando a quem essa atitude ferisse.
Coisa de gente egoísta e sem amor ao próximo, eu sei. Mas eu não ligava para isso na época em questão. Tudo que eu queria era me sentir bem e talvez provar para aquele ser que me magoou tão profundamente que eu era superior àquela merda toda que tínhamos vivido. Eu realmente não dava a mínima se meu bem estar custasse as lágrimas de outra pessoa, pois na minha cabeça era só diversão. Entrei numa competição bizarra comigo mesma para esfacelar o máximo de corações esperançosos que eu pudesse.
Só que o tempo passou e eu parei de me divertir com a desgraça alheia, porque no final das contas eu sempre acabava sozinha com o meu orgulho e meu vício perverso pela miséria daqueles que cruzavam meu caminho e topavam embarcar num amor descompromissado. Além disso, ocorreu outro fato determinante: conheci alguém e me apaixonei. Passei a me importar e tentar ser melhor não só para ela, mas para mim também. Estava cansada das mentiras, traições e falsas esperanças.
Foi tudo maravilhoso por um tempo, mas sabe o que aconteceu? Terminamos. Ela terminou comigo na verdade. Fato que seria inadmissível para o meu eu anterior, afinal a frase que regrava minha vida sentimental era: “Dê o pé na bunda antes que você leve!”. Pois é, infelizmente eu estava levando a sério demais as leis da selva e o fato de precisar sair por cima da maldita carne seca.
Para mim o poder numa relação estava com quem se importava menos. Porém, nesse relacionamento eu abandonei esse conceito deturpado e comecei a dar importância para o fato que talvez a felicidade estivesse em amar e se importar mais com alguém e não menos. Pena que a história não teve um término feliz. Ou teve, dependendo da perspectiva. Mas essa discussão eu levanto num próximo texto lindo e edificante sobre como o amor transforma e inspira. Pff...