Wednesday, June 20, 2007

Ema, ema, ema cada um com os seus pobrema

Você achou que tinha descoberto um novo método revolucionário na resolução de problemas, que consistia no seguinte: Arranjar problemas ainda maiores que o anterior. Tudo bem, essa idéia de se esconder em subterfúgios e não encarar a dura realidade não foi a mais esperta que você teve ultimamente, mas por um tempo realmente deu certo.
Porém, depois de viver a vida intensamente, sair demasiadamente, dançar freneticamente, rir demais, beber todas, aprontar altas falcatruas aconteceu o inesperado: Aquele problema que havia sido jogado pra baixo do tapete e pra todos os efeitos havia sido esquecido, voltou, e voltou com tudo. Bom, na verdade não foi tão inesperado assim porque você sabia que não estava tudo bem, como dizia estar. O fato é que esse negócio de auto-enganação não vai muito longe. Mentir pros outros é fácil, difícil é mentir pra você mesmo e realmente se convencer das coisas que você fala. E temos que concordar que você não mente muito bem, não é?
O grande problema dos problemas é que eles são grudentos, eles vão com você pra onde quer que você vá e é ilusório esperar que eles desapareçam ou se resolvam sozinhos porque eles sempre acabam voltando pra atormentar e, nesse caso, o problema estava o tempo todo lá. Bastou apenas uma música pra te lembrar que ele ainda existia e desencadear numa seqüência de fatos que é melhor nem mencionar. Então da próxima vez não esqueça: Coloque um ponto final na situação e pare de levar com a barriga!

Tuesday, June 19, 2007

Vida bandida

Alguns chamam de infeliz coincidência, outros falam em ironia do destino e há os que acreditam que “é para ser”. Eu particularmente acho que deve ser vodu, macumba ou uma pegadinha do mal, coisa do capeta mesmo. Uma espécie de teste maligno para pôr à prova tudo que eu ando negando nos últimos dias.
Resultado? Não, dessa vez eu resolvi não me afundar na lama de novo, isso não me fez bem da última vez e quem quer que tenha dito que lama faz bem pra pele tava mentindo. É, a vida pode ser cruel às vezes...

Monday, June 18, 2007

Não chegue perto demais

Ultimamente eu tenho estado meio assim sei lá, sabe como? Sem saco pra porra nenhuma, com vontade de chutar o pau da barraca, explodir um shopping, jogar uma bomba na faculdade, reclamando mais do que o normal, falando menos do que costumo falar, tocando um foda-se geral, com vontade de mandar todo mundo pro inferno, completamente sem paciência pras pessoas.
Mas calma, visando o bem-estar da comunidade, a saúde pública já me interditou e declarou que no momento me encontro inapta ao convívio social. De acordo com relatórios, esse comportamento provavelmente deve ser um novo mecanismo de defesa, uma forma de encarar os últimos acontecimentos bizarros na minha vida conturbada. Disseram também que talvez uma quarentena resolva. Então é esperar pra ver...

Wednesday, June 13, 2007

Inundando a cidade - Parte II

Você percebe que chegou ao fundo do poço quando não pára de ouvir música sertaneja e começa a achar que devem ter escrito aquelas letras pensando nos infortúnios que você haveria de enfrentar.
Você fuma que nem uma louca, canta (você não espalha pra todo mundo, mas sabe todas as letras de cor), pensa em tudo que deu errado, chora. Aliás, você não chora, você se descabela de chorar, como se isso fosse resolver alguma coisa. Mas no fundo você se sente menos incompreendida no mundo, afinal quem escreveu letras tão brilhantes deve ter passado pela mesma miséria que você se encontra no momento. Porque duvido que alguém que estivesse feliz conseguiria escrever letras com tamanha profundidade como aquelas.
Aí depois de todo esse ritual você pensa: Meu Deus, em que nível fui chegar? E resolve, então, ouvir uma coisa mais moderninha pra ver se essa sensação ruim vai embora. Mas não adianta, os caras do Arctic Monkeys e do Maximo Park não estendem o que você está passando. Mas o Zezé di Camargo e o Luciano entendem. E a vodka também. Ah como entendem...

Monday, June 11, 2007

Estranho, muito estranho

É sábado quase 23 horas e minha mãe passa pelo meu quarto e pergunta:
- Tá doente?
Respondo que não e pergunto por que. Ela responde:
- O que tá fazendo em casa então?
Essa é realmente uma ótima pergunta. Afinal eu já não saí ontem e usei como desculpa a preguiça. Hoje a minha desculpa é que fui acometida por uma leve dor de garganta, estou indisposta e preciso fazer um trabalho da faculdade. Semana passada eu também não coloquei meu pé pra fora de casa durante o fim de semana. Minha desculpa? Não me lembro. Só lembro que passei o fim de semana vendo filme e comendo tudo que eu via pela frente.
O que está acontecendo comigo? Será que eu estou estragada? Ou pior: Será que virei uma velha, chata e mal-amada e não percebi? Antes no meu vocabulário não existiam as palavras preguiça e doença num fim de semana.
Estou ficando com medo disso e o que me dá mais medo é o fato de estar gostando desses meus programas solitários de gente velha, chata e mal-amada.
Alguém aí por favor faça o favor de me tirar de casa, nem que pra isso seja necessário me levar pelos cabelos. Ficarei muito agradecida...

Thursday, June 07, 2007

Inundando a cidade - Parte I

Por culpa de um sonho que tive com você
Todas as lembranças retornaram
E momentos que ainda estão por vir
Experiências que iríamos dividir

Pela primeira vez em muito tempo eu sorri
A dor por um momento aliviou
Resolvi então te procurar
E te propor tentar mais uma vez

Fui culpado por nossa vida desmoronar
Tive um sonho
Onde tudo entre nós parecia melhorar
Mas depois de ver você feliz
Ao lado de outro alguém
Sei que essa dor não vai passar

Eu tinha tantos planos pra nós dois
Estava pronto pra tentar recomeçar
Pronto pra te mostrar o quanto eu mudei
Sem saber que pra você já era tarde demais

Fui culpado por nossa vida desmoronar
Tive um sonho
Onde tudo entre nós parecia melhorar
Mas depois de ver você feliz
Ao lado de outro alguém
Sei que essa dor não vai passar

Sunday, June 03, 2007

Noite passada eu vi meu mundo explodir

Penso em você antes de pegar no sono. Termômetro marcando 7º graus. 3:29 da manhã. Por que fui inventar de sair hoje? Ainda bem que estou voltando pra casa, não agüentava mais. Um turbilhão de pensamentos. Perco meu chão. Sinto o coração bater forte e descompassado. Você passa e não me vê. Quem é vivo sempre aparece pra atormentar e trazer lembranças à tona. Meu riso cessa imediatamente. Não, não pode ser, mas é. Longa espera, numa noite fria. Risadas, muitas risadas. Finalmente! Vamos embora? Minutos intermináveis. Reclamações. Música ruim. Como eu poderia adivinhar que o pior ainda estava por vir? Mudança de ambiente. Deixa assim, tentar encontrar consolo em outros braços não funciona mesmo. Tudo bem. Achei que ontem tinha sido bom pra você também. Um beijo no rosto e uma desculpa esfarrapada. Surge uma certa tensão no ar na hora da despedida. Mas não é nem meia-noite e as coisas já começam a desandar. A noite parece promissora. Risadas. Companhias agradáveis. E assim eu saio... Traduzindo: Vou sair por aí na esperança de te encontrar porque eu preciso de um último abraço e de um último beijo. Chega sexta-feira à noite e eu penso: Sexta não é dia de ficar mofando em casa.

Saturday, June 02, 2007

Muita calma nessa hora

Em meio ao caos, gritaria e ao desespero coletivo mediante à tragédia que acabara de ocorrer, surge alguém calmo, sensato e coerente tentando apaziguar os ânimos das pessoas com a brilhante sentença:
- Calma, caralho! Agora não adianta brigar, porra! Já fodeu mesmo..

Adivinha quem era esse ser brilhante e com esse linguajar polido?
Sim, acertou!
(Mas que as pessoas se acalmaram, ah isso elas se acalmaram).