Sunday, April 25, 2010

Equilíbrio distante

Uma das coisas mais interessantes que eu ouvi na faculdade (e não tinha nada a ver com Publicidade e Propaganda) foi a seguinte frase: “A felicidade reside no meio-termo entre os extremos. O vício está nos extremos.”
Na verdade é uma questão que me faz pensar até hoje. Por que diabos é tão difícil atingir o equilíbrio? Por que é tão mais fácil pender para algum lado da balança e agir antagonicamente sempre? Claro que se eu fosse uma pessoa comedida e sensata, provavelmente estaria me perguntando: “Por que não consigo ser porra-louca e inconseqüente?” Normal. As pessoas geralmente não estão satisfeitas com o modo como elas são e sempre estão tentando mudar, mesmo que falhem miseravelmente na maioria dos casos. Sim, modificar certos hábitos adquiridos ao longo de uma vida às vezes é extremamente penoso. Mas não é impossível, claro.
Aliás, admiro muito as pessoas que têm a capacidade de parar, pensar, avaliar as conseqüências e agir de forma racional. Sério, acho fantástico, mas não consigo. Infelizmente, eu sou extremista e impulsiva. Daquele tipo que faz alguma coisa e no minuto seguinte já está arrependida, se remoendo e dizendo que não vai acontecer de novo. Mas ah, sempre acontece de novo... Esse tipo de situação ocorre em escala bem freqüente, diga-se de passagem.
E não é que eu ache que não sou feliz porque sou do tipo 8 ou 80. Não tem muito a ver com felicidade, mas é que trabalhar nos extremos e agir impulsivamente me ocasiona uma série de problemas. Ser sensato até que traz uma sensação boa, mas sei lá, é meio tedioso. Talvez eu deva aceitar o desequilíbrio da minha balança e aprender a apreciar isso. Talvez ser coerente não resolva porra nenhuma no final das contas.

Saturday, April 17, 2010

Because friends don't waste wine...

When there's words to sell. Pois é. Amigos, amigos. Amores à parte. Ninguém fica por aí desperdiçando álcool se tem algo mais em jogo. Às vezes, nem sei porque perco meu tempo pedindo conselhos amorosos para os amigos, pois eles sempre vêm com aquele papo: “Abra o coração pra razão do seu afeto e veja o que acontece”.
Que mané abrir o coração! Exposição nunca resolveu a vida de ninguém, muito menos a minha. E uma coisa é fato, sabe? No fim das contas nós sempre estamos ligados se o nosso interesse amoroso está ou não na nossa. As pessoas estão o tempo todo enviando sinais. E quando surge aquela dúvida “Ó, céus, será que ciclana está na minha?” É porque provavelmente ela não está. Porque se ela estivesse, vocês estariam fazendo algo produtivo sobre isso e você não estaria perdendo tempo com devaneios.
As pessoas geralmente não mandam sinais truncados sobre o amor, porque simplesmente elas estão na sua ou não. Simples assim. É tudo uma questão de percepção. Na verdade, nós sempre sabemos o que está rolando, mas preferimos dar uma chance para a dúvida e se enganar. Afinal, é muito melhor pensar que TALVEZ a fulaninha esteja a fim de dar uns malhos do que ter a CERTEZA que ela não está nem aí pra você, ou que ela só quer ser sua amiga.
Eu sei que tudo que eu queria ouvir, era o oposto do que eu já sabia. Desde o começo eu deveria ter pedido aconselhamento para mim mesma. Pois a resposta com relação ao que eu deveria fazer sobre esse amor todo irradiando do meu ser, seria: SEJA INDIFERENTE E NÃO VÁ ATRÁS. ELA NÃO VAI FICAR COM VOCÊ.

P.S. Não sei onde li uma vez que o amor é como uma planta, que se você não regar, morre. Ainda bem... Porque senão eu estaria na merda.

Sunday, April 11, 2010

Where is my mind?

Quando questionei se ela realmente estava disposta a jogar tanto tempo de convivência no lixo, ela me respondeu sem pestanejar: “Já joguei”, ao passo que retruquei: “Eu não vou simplesmente fingir que nada aconteceu. O sentimento é meu e eu faço o que bem entender com ele”.
Ela riu e começou a se dirigir lentamente para a saída do bar, então finalizei: “Eu vou te amar para sempre”. Sabe-se lá porque diabos eu disse isso. Não posso dizer que era uma mentira, tampouco posso afirmar que era verdade. Afinal, foram tantos altos e baixos que seria impossível datar qualquer sentimento que fosse, ainda mais tratando-se de uma jura de amor eterno. Ok. Talvez eu tenha exagerado no meu comentário, mas na hora juro que precisei dizer isso.
Ela ficou calada e subiu as escadas enquanto meus olhos acompanhavam seus movimentos. Ela não olhou uma única vez para trás. A desgraçada era forte. Ou pelo menos aparentava ser. Ao contrário de mim. Senti lágrimas rolando pelo meu rosto, mas não havia mais nada a ser feito ou dito. Tudo tinha ido parar na lata de lixo, como ela mesmo tinha mencionado. Voltei pra casa chorando copiosamente. Coisa que não fazia há tempos. Não por ela pelo menos, pois achei que estava tudo resolvido. Achei...
O engraçado é que aproximadamente seis meses depois desse episódio cá estou eu, num domingo à noite, gripada, fudida, mal paga e pensando: PUTA QUE PARIU! O que eu tinha na minha cabeça pra amar tanto essa criatura? NADA, certo? Pois é. Que bom que o tempo passou e eu tomei vergonha na cara... Mesmo!

P.S. Que venham los otros amores, porque agora estou preparada!

Saturday, April 10, 2010

Perdidos

- Nossa, esse cara não me é estranho! Será que ele apareceu em alguma outra temporada?
- Hum, pode ser... Mas será que você não viu ele em algum filme que assistiu?
- Não cara. Ele apareceu no Lost sim. Ele apagava a memória das pessoas, lembra?
- Olha... não lembro, não. Mas também não duvido. Sempre acontece umas coisas bizarras no seriado.

(...)

- Dã. Lembrei onde vi o sujeito! Viajei na maionese... O cara da memória é do Heroes e não do Lost.
- É, bem que eu achei que essa história de apagar a memória das pessoas tava muito mal contada. Se bem que se os caras viajam no tempo, nada impede que exista um magrão aí apagando a memória do galerê. Vai saber né...

P.S. Imagina se Lost não tivesse aquele resuminho básico contando os últimos acontecimentos da série: quem assiste iria ficar BEM perdido realmente...