Sunday, October 16, 2011

Music is my hot hot sex

Para quem não sabe, nunca reparou ou mesmo nunca se interessou, a maioria dos títulos deste blog faz referência direta ou indireta a alguma canção. Aí me surgiu o pensamento: Se o "Como já diria minha vodka" virasse um filme, qual seria sua trilha sonora? E como eu não tinha nada melhor para fazer, resolvi sintetizar num post o que andou rolando por aqui nesses 5 anos de história. Então vamos lá:

- Papa Roach - Love Hate Tragedy
- Cássia Eller - Por Enquanto
- The Arcade Fire - Rebellion
- Fall Out Boy - Switchblades And Infidelity
- U2 - Sunday, Bloody Sunday
- Radiohead - No Surprises
- Kid Abelha - Lágrimas E Chuva
- Damien Rice - Cheers Darlin'
- The All American Rejects - Dirty Little Secrets
- Kate Nash - Foundations
- Interpol - C'Mere
- Dragonette - I Get Around
- The Automatic - Monster
- Noção de Nada - Suja A Roupa, Mas Lava A Alma
- Hole - Celebrity Skin
- Blink 182 - Don't Leave Me
- Tegan and Sara - Floorplan
- Death Cab For Cutie - You Can Do Better Than Me
- Los Hermanos - É De Lágrima
- Tegan and Sara - Knife Going In
- Lulu Santos - Tempos Modernos
- Capital Inicial - Belos e Malditos
- Le Tigre - Let's Get Excited
- Green Day - Wake Me Up When September Ends
- Queens Of The Stone Age - The Lost Art Of Keeping A Secret
- Tom Jobim - Chega de Saudade
- Los Hermanos - Conversa De Botas Batidas
- Interpol - Obstacle 2
- Pixies - Where Is My Mind?
- Chico Buarque - Desalento
- Death Cab for Cutie - A Movie Script Ending
- Wilco - You And I
- The Beatles - With a Little Help from My Friends
- Cloud Nothings - Forget You All The Time

Bem, nem precisa dizer que com uma trilha sonora dessas, o filme seria seria uma bad trip do começo ao fim e falaria sobre coisas do coração, mas sem aquela melação hollywoodiana. Porém, uma das filosofias que dita minha vida é "depois que passa é para rir" então certamente esse monte de merda sentimental iria virar uma tragicomédia pastelão pseudo cult com final infeliz (WHAT?). Provavelmente o filme teria diálogos surrealistas, cinzeiros transbordando, noites regadas a álcool, teorias malucas sobre o amor, protagonistas confusos e amargurados, dilemas existenciais, passos de dança exóticos, além de muita vergonha alheia e fiascos. A protagonista? Bem, eu escolheria a Ellen Page para me interpretar e a direção ficaria a cargo do Almodóvar, Infelizmente Almodóvar, Ellen Page e essa trilha sonora não fariam sentido nenhum nesse universo (nem numa realidade alternativa), então minha segunda opção de direção ficaria com a Drew Barrymore que recentemente dirigiu o clipe do Best Coast (banda que por sinal está ausente na trilha sonora. Shame on me!) e eu achei o resultado incrível. Para roterizar o filme o convidado seria Judd Apatow e eu também provavelmente diria para a Drew pegar alguns insights com o Bertolucci para saber como se faz para escandalizar nas cenas de sexo. Ok, ok. Estou indo longe demais com essa história. Parei!

P. S. 01 Fiquei admirada de não encontrar nenhum título relacionado a alguma música sertaneja ou algum pagode bizarro ao longo das referências no blog. Seria no mínimo estranho um filme com essas músicas na trilha sonora.

P. S. 02 Não sei exatamente onde se encaixaria, mas o filme teria que contar com a participação da Zooey Deschanel, Anna Faris, Emma Stone e da Kirsten Dunst.

P. S. 03 Definitivamente o diretor do filme não seria o David Lynch (a não ser que eu quisesse causar danos cerebrais permanentes nos espectadores).

Saturday, October 15, 2011

May the bridges I burn light the way

Hoje eu decidi que precisava deixar pra lá. Acordei sentindo que passei por cima dos meus próprios limites e que fugir virou uma questão de vida ou morte. Não é a primeira vez que tento escapar, eu sei. Já tentei mais de uma vez percorrer qualquer rota de fuga que me parecesse cabível, mas de alguma forma ela me levou de novo até você. Juro que não queria fugir, mas também não quero mais sofrer. Não agüento mais viver nessa interminável agonia. Talvez todos estejam certos e eu realmente esteja lutando por uma causa perdida e que nossa situação seja mesmo irremediável.
Em meio a devaneios sem fundamento fico tentando encontrar respostas concretas pra problemas do passado que ainda me assombram. Foram muitas coisas em poucos dias. Confusão demais. Tristeza demais. Expectativas demais. Teorias fracassadas. Mas é assim que funciona mesmo. A gente sofre, se fode, pensa em desistir, mas não desiste e continua se iludindo. Eu sabia que não era certo, mas quis arriscar só mais uma vez pra perder. Mas chega. Já me desgastei demais.
Hoje eu acordei e resolvi jogar tudo pelos ares. Meus bons costumes. Minha fé na humanidade. Minha paciência. Minhas esperanças. Na verdade é como achar a chave das algemas que me prendem a você. Encontrar a cura de uma doença que eu mesma criei. Sim, livre. Agora eu só preciso desconsiderar alguns fatos pra continuar vivendo tranqüilamente. Pra que? Pra me certificar que qualquer ponte da memória que me leve até você esteja realmente quebrada e eu não tenha mais como voltar atrás.

P. S. Apesar de ter sido escrito há 4 anos atrás, muitos elementos desse texto ainda fazem sentido na atual conjuntura.

Wednesday, October 12, 2011

I'm alright, I just forget you all the time

Ultimamente venho sendo acometida por um mal chamado Depressão Pós-Balada (DPB) e que acontece quando eu bebo demais, rio demais, danço demais, canto demais, falo merda demais, fumo demais e me divirto demais na noite anterior à crise. Sabe como é... depois da euforia vem a queda livre.
E não, não me digam que isso se chama ressaca, pois se me perguntarem onde dói, já tenho uma resposta na ponta da língua: o coração. Hoje, por exemplo, depois de um fim de semana incrível na praia, acordei com uma pontada de melancolia e uma saudade absurda daquela-que-não-deve-ser-nomeada da minha ex e fiquei o dia todo lutando contra a vontade de mandar uma mensagem para ela. Claro que não mandei, afinal não havia nada para ser dito. A solução que encontrei foi me calar, engolir o choro e me afogar por dentro. Coisa que tenho feito com mais freqüência que eu gostaria diga-se de passagem.
Eu diria que essa DPB é reflexo de choque com a realidade e carência misturada com dor de cotovelo e mais um monte de sentimentos de merda, que eu nem gostaria de sentir para falar a verdade. Mas ok, passa. Escrevo um texto. Penso nela. Fumo um cigarro. Penso nela. Reclamo para algum amigo. Penso nela. Escuto uma música. Penso nela. Vejo um seriado. Penso nela. Leio um livro. Penso nela. Assim o dia passa... E eu juro que não consigo entender como as pessoas têm a coragem de afirmar que a vida é curta. Se isso é verdade, porque diabos esses dias são tão longos e enfastiantes?
Tudo que eu queria era adotar a filosofia de vida da minha prima que prega que "o negócio é ser vazia". Segundo ela, quando você atinge esse estágio de elevação espiritual, você fica tão livre e despreocupada com tudo que passa a dar valor para coisas corriqueiras e apreciar pequenos prazeres, tipo uma Amélie Poulain mais bem resolvida e menos psicótica.
Sinceramente não vejo a hora de me livrar dessa síndrome, me tornar vazia e ter de me preocupar apenas em cortar o cabelo, ir no dentista, pagar o licenciamento do carro, escolher onde irei almoçar ou algo do gênero. Mas enquanto isso não acontece, emendo uma DPB na outra e afogo minhas angústias com cerveja. Infelizmente, é o que tem para hoje, para amanhã e provavelmente para próxima semana.