Monday, December 26, 2011

Can you free me from the logic that I knew?

Certa vez estava batendo um papo com o meu pai e revelei que um fato que me deixava extremamente irritada era que as coisas não saíssem conforme eu havia planejado. Meu pai disse que se eu continuasse seguindo essa linha de pensamento iria passar o resto da minha vida frustrada porque infelizmente as coisas tendem a não sair de acordo com os planos que traçamos. O problema é que não consigo não planejar. 
Seguindo essa linha de comportamentos nocivos para com o meu ser, se tem outra coisa que também tenho problema, é desistir de algo ou aceitar uma derrota. Existe uma maldita parte dentro de mim sempre dizendo que não posso largar os béts e que não há nada que não possa ser consertado. A situação é tão grave que esses dias fiquei umas 3h tentando fazer um HD externo funcionar na marra. Óbvio que não funcionou e eu só me estressei. E claro que a tendência se estende ao campo dos relacionamentos amorosos ao ponto de insistir em dar inúmeras chances para pessoas que pisaram na bola over and over again ou reatar um relacionamento mais vezes do que o necessário só para ter certeza que não iria dar certo mesmo. 
Outro fator que contribui para o meu desequílibrio mental e emocional, é o fato de eu não conseguir deixar coisas inacabadas ou perguntas sem resposta na minha cabeça. Eu, por exemplo, não consigo ver um filme pela metade. Sério. Mesmo que seja ruim pra caralho eu PRECISO ver até o final. E graças ao meu esplêndido lado racional, preciso de uma resposta (satisfatória, de preferência) para tudo. Naturalmente tal comportamento me deixa maluca, afinal tem fatos que é preciso deixar o imediatismo de lado e praticar a milenar arte de contemporizar para que se viva bem, ou pelo menos afim de evitar um surto psicótico. 
Eis que chego ao ponto crucial do assunto: até que ponto é saudável insistir em algo? Quando se cruza a linha tênue da persistência saudável? Obviamente que não sei a resposta, senão não estaria divagando sobre isso. O que eu sei, é que esse tipo de noção só aparece tarde demais. Geralmente depois que você foi tão longe, mas tão longe que perdeu de vista onde ficava o tal do limite. 
Como esse é o último post do ano, não farei aqui mil e uma resoluções, até porque sei que não irei cumprir nenhuma delas. E como meu pai me disse, planos geralmente vão por água abaixo, então o que eu desejo para mim mesma em 2012 é: ser mais espontânea e desencanada ao invés de querer programar tudo. Ser mais sincera e convicta com as coisas que eu sinto e com as coisas que eu quero. Ser menos auto-crítica e perfeccionista. Ser menos teimosa e saber quando é a hora de largar os béts. E por fim, ser menos egoísta. That's all folks! 

Friday, December 23, 2011

TOP 5 - 2011

Não sou muito de fazer listas, mas depois de ver top memes, top vídeos, top músicas, top o caralho a quatro  espalhados por todos os cantos da internet resolvi entrar na onda também. Bem Maria-vai-com-as-outras mesmo. Selecionei meu top 5 #tumblrs, #blogs, #filmes, #músicas e #seriados. Então vamos lá!


#Tumblrs


- Sei Lá Como Se Escreve
Pérolas e mais pérolas do meu povão brasileiro assassinando a língua portuguesa.
- 501 Pagodes Para Ouvir Antes de Morrer
Dica de uma amiga que encontrou o Tumblr e automaticamente lembrou de mim. Por que será né?
- Ego Estagiário
Aqui a risada é garantida com os bafos das celebridades mundão afora contados de forma bastante original.
- Fuck Yeah Dementia
O Fuck Yeah é a melhor forma de procrastinar e passar horas e horas consumindo porcaria e rindo horrores. Embora exista o 9GAG o Fuck Yeah ainda é dono do meu coração.
- Mágoa de Caboclo
Esse é para quem tem mágoa no <3. Citações e ilustrações lindas fazem parte do pacote.


Menção Honrosa:


- Old Love
Casais lindos que se separaram ou casais que você nem imaginava que um dia estiveram juntos são os protagonistas desse Tumblr. Pura nostalgia.
- The Internet Pug Database
Esse é para ver e vomitar arco-íris. Sério.


# Blogs

Bom, eu não descobri o blog esse ano mas ele continua arrancando boas risadas. Vida longa à diva do Senhor na internet!
Blog que descobri semana passada e me apaixonei perdidamente pelos textos que a moça escreve.
Uma amiga linkou para um post desse blog no Twitter e quando eu vi já estava lendo todos os posts do cara desde o início do blog. Mistura humor com fatos do cotidiano, universo geek, cinema, música e baboseiras. Sem dúvida a descoberta do ano em termos de blog.
Outro blog que também não descobri esse ano, mas que visito nos momentos de tensão para descontrair.
Outra descoberta maravilhosa vinda do Twitter. Os caras postam muita, mas muita coisa legal mesmo. Acompanho diariamente. Tanto é que quando os caras entraram em hiato, senti uma falta absurda dos posts do blog alegrando meu dia.

Menção Honrosa:

Esse entra como extra porque não é atualizado com freqüência, mas as análises filósicas por trás das letras de pagode dos anos 90 são fantásticas. O cara que escreveu os posts é simplesmente genial.


#Músicas


- The Hoof & The Heel - Fireworks
Escutei a música a primeira vez e já gostei. Então, numa tarde de ócio resolvi conferir se a música possuía clip e a resposta foi positiva. Achei muito amor a história do clip em si, que conta os altos e baixos de um casal. Fiquei com saudades daquela sensação arrebatoradora que sentimos quando nos apaixonamos. Só não senti falta da parte daqueles sentimentos horrorosos que rolam quando o relacionamento acaba. Mas enfim...



- Hey Champ - Cold Dust Girl
Mais uma música com um clip delicioso. Dá muita vontade de estar numa buátchi com gente linda e descolada, bebendo altos drinks, assim como acontece no vídeo.



- Lamb - Back To Beggining (Feat. Damien Rice)
Damien Rice dispensa comentários. Pago pau mesmo! Não tem clip, mas a letra da música é ótima.



- Twin Shadow - At My Heels
Escutei uma vez e viciei para sempre. Toda vez que começa a tocar no carro coloco o volume no último e começo a cantar como se não houvesse amanhã.



- Metronomy - Everything Goes My Way
Provavelmente a música que mais ouvi nesse ano. Comentei com uma amiga que achava a música triste porque ela falava dos vai e vens de um relacionamento, e ela não entendeu a razão. Mas o provável motivo para eu achar isso, é porque liguei a música a um acontecimento trash da minha vida...



Menção Honrosa:


- Vanguart - Se Tiver Que Ser Na Bala, Vai
Não sei bem em que planeta vivia, mas só fui descobrir que o Vanguart lançou um novo CD na semana passada.
Apaixonei imediatamente pelas letras maravilhosas do Hélio Flanders, especialmente pelo refrão:
"Se tiver que ser na bala, vai
Se tiver que ser sangrando, vai
Se você quiser eu vou..."



- Twin Sister - Lady Daydream
Melodia deliciosa e vibe relaxante. Deve ser por isso que coloquei essa música no repeat e nunca mais parei de ouvir. Detalhe que a vocalista me lembra um pouco a Chan Marshall, talvez pela voz e pelo cabelo.



Obs. Nem todas as músicas são necessariamente desse ano, porém o que está contando aqui é a data que tive conhecimento das mesmas, ou seja: 2011.


#Filmes


- Melancholia
Sempre paguei pau para a Kirsten Dunst e depois desse filme meu amor pela atriz aumentou exponencialmente. Ela está simplesmente demais e claro, não é só isso que me fisgou no filme. A história é muito boa, bem como a atuação da Charlotte Gainsbourg.
- Harry Potter E As Relíquias Da Morte - Parte 2
Para ser sincera eu esperava muito mais do filme que fecharia a saga do bruxo mais cultuado do planeta. Quase dormi em várias partes do filme e saí do cinema com a sensação que estava faltando algo. Então porque o filme figura no meu Top 5 desse ano? Pelo simples fato de ter sido uma das franquias mais bem sucedidas no cinema, afinal  fazer 8 filmes ao longo de 10 anos  e manter o interesse do público não é para qualquer um. Me encaixo nesse público
porque cresci vendo o bruxinho nas telas. No primeiro filme (2001) eu tinha 14 anos, ou seja: ele me acompanhou na adolescência e foi comigo até o início da minha idade adulta. Então não é o filme em si, mas é o que ele representa para mim.
- Midnight in Paris
Confesso que não gosto muito dos filmes do Woody Allen, mas esse me surpreendeu por não ser tão verborrágico e por ter uma história bem leve e descontraída.
- Sucker Punch
O filme teve uma das piores bilheterias do ano pelo que pude ver por aí, mas eu gostei da viagem que o Zack Snyder concebeu na tela, além disso a trilha sonora também é ótima.
- Limitless
Acredito que seja um dos filmes com a história mais original do ano, pelo menos na minha humilde opinião. Bem que poderia existir no mundo real a pílula que os caras tomam...


# Seriados


- Dexter
A recomendação para ver o seriado veio da minha madre superiora e logo que comecei a assistir, entendi a razão pela qual ela disse que a série era viciante. Me apaixonei perdidamente e vi as cinco primeiras temporadas em tipo dois meses. A Season Finale da sexta temporada foi semana passada e eu já estou me coçando para saber o que vai acontecer na próxima temporada. Esse negócio de ter de esperar um ano por novos episódios é um castigo...
- Breaking Bad
Outro seriado que na minha opinião teve uns altos e baixos nas temporadas iniciais, mas que depois ficou demais. Aliás, já estou com saudades do Jesse falando "bitch".
- The Walking Dead
Bom, o fato é que eu tenho um caso de amor com zumbis. Posto isso, não preciso explicar mais nada. A segunda temporada está atualmente em hiato e só volta em em fevereiro. Haaaaaaaja coração, como diria o Galvão.
- Game of Thrones
Estreeou esse ano e já chegou matando a pau. Mal posso esperar pela segunda temporada, embora eu nem me lembre mais como o seriado terminou.
- Weeds
Acabou ou não acabou? Eis a dúvida que paira no ar. Eu tinha parado de ver o seriado na terceira temporada, mas por recomendação de terceiros dei uma nova chance e voltei a ver, e não é que o seriado melhorou?


Menção Honrosa:


- Glee
Nunca tinha visto e esse ano e resolvi dar uma chance. É extremamente gay e até certo bobinho, mas ganhou pontos comigo por me fazer feliz em momentos tristes e solitários. Fazer o que? Adoro um musicalzinho.

Thursday, December 22, 2011

5 conquistas pessoais no ano de 2011

- Comprei um PS3
Quanto custa ser feliz? Se eu tivesse que precificar, diria 900 reais. Certamente foi a minha melhor aquisição nos últimos tempos. Gráficos de babar e jogos extremamente viciantes tornaram minhas noites e fins de semana muito mais divertidos.


- Um ano rodando com o meu carro envenenado
Faz exatamente um ano que ganhei meu amado carro e minha vida mudou para a melhor. Não tem nada mais libertador que ligar o volume do rádio no último e cantar a plenos pulmões sem medo de ser feliz. Também não tem coisa melhor do que não depender da carona dos amigos ou não ter horário para voltar para casa. 


- Voei de avião pela primeira vez e de quebra "conheci" o Rio de Janeiro
Viajei a trabalho para cobrir um evento nas redes sociais e não sei bem o que aconteceu por lá, mas voltei transformada e acreditando piamente que alguma coisa de muito importante acontece naquele lugar e que a vibe de lá é uma delícia. Pena que o meu "conhecer" a cidade foi da janela do táxi, pois não tive tempo para passeios, exceto no dia que fui a feirinha e comprei um chapéu maravilhoso. 


- Corri pelada na praia
Esse fato não pode ser categorizado exatamente como uma conquista pessoal, mas que foi deveras libertador, foi. Recomendo. 


- Dei entrevista para uma revista chamada "Gestão e Negócios"
A entrevista era a respeito de redes socias e deve sair no ano que vem. Sei lá, é bacana desbravar novas áreas e obter reconhecimento por isso. 

Wednesday, December 21, 2011

Pieces of the people we love



Tomada por um sentimento nostálgico arrebatador (leia-se falta do que fazer) resolvi revirar as lembranças do passado e abri uma caixa com recordações que guardo desde faz tempo. Imediatamente lembrei da frase que uma ex me disse uma vez: "todo relacionamento acaba em uma caixa", E não, ela não quis dizer metaforicamente, embora os relacionamentos passados também acabem numa caixinha empoeirada escondida num local ermo da memória. Enfim, eis alguns itens que encontrei e que quase fizeram escorrer uma lagriminha de emoção quando liguei o objeto ao acontecimento:

- Uma caixa de trident que uma ex comprou para mim em uma viagem para São Bento do Sul.
Ok, parece meio bizarro guardar uma caixa de chicletes, mas eu estava apaixonada, então tudo que vinha da moça em questão tinha significado. Vamos dar um desconto gente!
- (Muitos) tickets de cinema.
Na verdade cheguei a uma triste conclusão ao ver tais tickets: que já gastei dinheiro demais indo ver porcaria no cinema.
- Entradas para o teatro da peça "A Bela e a Fera".
Bom, "A Bela e a Fera" é certamente um dos meus desenhos favoritos da Disney e nesse dia em questão fui ver a peça porque uma amiga fazia o papel do relógio.
- Entradas para o museu para uma exposição sobre o Japão.
O fato é que fui obrigada a ir a essa exposição por conta de um trabalho da faculdade no primeiro ano. E não é que eu acabei adorando? Tanto que tornei a visitar a exposição na semana seguinte.
- Vários post-it com recadinhos dos amiguis.
Porra, que coisa gostosa receber um um recadinho curto e singelo dizendo: gosto muito de você. Por que as pessoas não fazem mais isso?
- Passagens de ônibus para vários locais distintos.
Outro item que cheguei a uma triste conclusão: já viajei demais para Guaratuba de ônibus.
- Letras de música.
Bem, quem me conhece sabe que adoro cantar uma música ruim para descontrair o ambiente. E no meio dessa tralha toda encontrei a letra de Eva da Banda Eva que foi impressa por uma colega de trabalho em meados de 2008. Acho que ela estava insinuando que além de cantar mal, eu também canto errado e por isso me deu a letra.
- Bilhetes da mega sena.
Final do ano passado tentei ser milionária. Não deu certo. Foi a primeira vez que apostei.
- Recibos de mercado.
Não sei porque guardei isso, mas alguns deles comprovam a compra da ilustre Kaipy e de vinho Campo Largo, ou seja: meu passado é realmente negro e eu não tinha o mínimo de noção de bom gosto para ficar tomando essas porcarias.
- Desenhos.
Nunca tive os dons de desenhar bem, então já ganhei vááários desenhos bonitinhos dos amigos e affairs. Mas o que tem mais significado é um desenho feito por uma ex do filme Mary and Max. Tanto o filme quanto a ex me fazem lembrar de um momento ótimo da minha vida.
- Cartas.
Cartas de amigos que atualmente estão casados e tem filhos ou ainda que moram em outro país ou cidade. Tenho também cartas de pessoas que não tenho a mínima ideia por onde andam, mas que um dia já fizeram parte da minha vida. Como era bom escrever e receber cartas.
- Guardanapos com recadinhos fofos.
Outra modalidade de declaração de afeto dos amigos. Na falta de papel ou post-it, vai o guardanapo do bar ou da lanchonete mesmo!
- Ingresso e flyer com a programação do Planeta Terra 2010.
Festival que apresentou bandas incríveis e que tive o prazer de assistir com pessoas fantásticas. Sério, foi um dos dias mais felizes da minha vida. Principalmente a parte de ver o Passion Pit da primeira fila.
- Santinhos e adesivos do Osmar Serraglio.
Ilustre político para o qual eu e algumas amigas trabalhamos durante a campanha política que o cara fez em 2006. Eu acordava 5:30 para ir ao comitê, mas foi um dos trabalhos mais divertidos que eu era paga para fazer.
- Garrafinha de Absolut.
Essa garrafa veio diretamente de Amsterdam para causar a discórdia entre eu e minha ex. Mas tudo bem, passou e agora é até engraçado contar o que aconteceu no dia que resolvemos encher a cara de mini absoluts na balada.
- Cartão da pousada de Baependi/MG.
Acho que demorei 18 horas para chegar neste local que eu nem sabia que existia, mas valeu a pena cada dia ao lado de amigos queridos, além de toda mordomia que tínhamos na pousada.
- Ingresso do Tim Festival de 2007.
Outro festival maravilhoso que tive a oportunidade de assistir. O melhor de tudo: paguei 30 REAIS, isso mesmo, 30 reais para ver Hot Chip, Björk, Arctic Monkeys e The Killers. Foi nesse dia também que engatei um romance com uma amiga. O rolo acabou muito mal, mas abafa o caso.
- Recibo do King Temaki.
Lembro perfeitamente desse dia e inclusive tenho um vídeo da minha excelentíssima ex nesse fatídico dia. Explico porque lembro tão bem de tudo: foi a primeira vez que comi sushi (na verdade tinha comido quando era criança mas não lembrava do gosto) e a bonita me ensinou a comer com o hashi.
- Convite do show Unidos pela Paz.
De paz não teve nada nesse show porque uma galera morreu pisoteada. Mas fui com o meu querido pai e madrasta para assistir Raimundos, Tihuana, Natiruts, Charlie Brown em 2003 e apesar dos pesares, foi bem bacana.
- A única carta que uma ex me escreveu.
Essa é a mesma ex da caixa de Trident e como foi a única carta que ela me escreveu enquanto assistia aula comigo em 2007, guardei com muito carinho.
- Uma embalagem de Laka com a inscrição "uhmm".
Ganhei essa embalagem (isso mesmo, só a embalagem sem o chocolate) de presente de aniversário de uma amiga que atualmente mora na França. Esse "uhmm" faz menção a um triste episódio que envolve whiskey, vômito e Laka e que eu não vou contar aqui porque é muito trash.
- Pulseira vip grudada com chiclete para entrar no Crystal Fashion.
A história foi a seguinte: só entrava no desfile quem tivesse pulseira. Todos os amigos tinham, menos eu. O que fiz então? Abordei uma pessoa que estava de saída do local, pedi a pulseira dela e grudei com chicletes. Eu sei, sou muito malária, mas que deu certo deu. A minha motivação nesse dia? Uma barraca do Taco com nachos, tequila e margarita free. Se eu vi o desfile? Quem pensa em desfile quando se tem nachos, tequila e margarita de graça?
- Bottons.
Nunca tive a pira de comprar bottons, mas já ganhei vários de amigos, inclusive um de uma amiga chamada Anny que dizia "Sorry boys, I'm gay". Ótimo. A Anny atualmente é casada, tem filho e mora na Suécia. Saudades dela e nossas tardes de cerveja e cigarros nos bares da PUC.
- Flyers de shows de HC.
Se eu ganhasse um real toda vez que me chamavam de emo nessa época, certamente eu teria muitos reais a mais na carteira. Mas foi uma época ótima. Amigos loucos. Bebida barata. Cigarro mentolado. Moshs. Pegação. Aiai...
- Caixa de cigarros em fase de testes.
Agora fico me perguntando que diabos eu tinha na cabeça para fumar essa porcaria. Mas era uma amiga da faculdade que fornecia e não era tão ruim assim. Ok, mentira, era ruim sim, mas era de graça.
- Fotos.
Como era boa essa época de bater fotos e depois levar para revelar. As fotos em questão remontam momentos felizes da minha adolescência na escola com os amigos e no Beto Carrero com o meu pai. Como era bom ser tão despreocupada. E como eu era feinha, credo. Ainda bem que o tempo operou milagres.

Ao final da minha odisséia, que durou quase 3 horas ficou um sentimento de regressão na boca e uma pitada de melancolia. Mas o reconfortante dessa história da caixa é que só se guarda nela objetos que trazem boas recordações. O que é ruim não tem espaço, pelo menos não nessa caixa (e agora estou falando metaforicamente). Na realidade preferia não ser tão apegada a esses pequenos objetos, mas de qualquer forma se eles não existissem haveria minha querida memória, me presenteando com lembranças ao sentir um aroma familiar, escutar alguma música ou passar por algum lugar. E essa não é como um HD que posso simplesmente apagar ou como uma caixa que posso me desfazer. Ainda bem!

Sunday, October 16, 2011

Music is my hot hot sex

Para quem não sabe, nunca reparou ou mesmo nunca se interessou, a maioria dos títulos deste blog faz referência direta ou indireta a alguma canção. Aí me surgiu o pensamento: Se o "Como já diria minha vodka" virasse um filme, qual seria sua trilha sonora? E como eu não tinha nada melhor para fazer, resolvi sintetizar num post o que andou rolando por aqui nesses 5 anos de história. Então vamos lá:

- Papa Roach - Love Hate Tragedy
- Cássia Eller - Por Enquanto
- The Arcade Fire - Rebellion
- Fall Out Boy - Switchblades And Infidelity
- U2 - Sunday, Bloody Sunday
- Radiohead - No Surprises
- Kid Abelha - Lágrimas E Chuva
- Damien Rice - Cheers Darlin'
- The All American Rejects - Dirty Little Secrets
- Kate Nash - Foundations
- Interpol - C'Mere
- Dragonette - I Get Around
- The Automatic - Monster
- Noção de Nada - Suja A Roupa, Mas Lava A Alma
- Hole - Celebrity Skin
- Blink 182 - Don't Leave Me
- Tegan and Sara - Floorplan
- Death Cab For Cutie - You Can Do Better Than Me
- Los Hermanos - É De Lágrima
- Tegan and Sara - Knife Going In
- Lulu Santos - Tempos Modernos
- Capital Inicial - Belos e Malditos
- Le Tigre - Let's Get Excited
- Green Day - Wake Me Up When September Ends
- Queens Of The Stone Age - The Lost Art Of Keeping A Secret
- Tom Jobim - Chega de Saudade
- Los Hermanos - Conversa De Botas Batidas
- Interpol - Obstacle 2
- Pixies - Where Is My Mind?
- Chico Buarque - Desalento
- Death Cab for Cutie - A Movie Script Ending
- Wilco - You And I
- The Beatles - With a Little Help from My Friends
- Cloud Nothings - Forget You All The Time

Bem, nem precisa dizer que com uma trilha sonora dessas, o filme seria seria uma bad trip do começo ao fim e falaria sobre coisas do coração, mas sem aquela melação hollywoodiana. Porém, uma das filosofias que dita minha vida é "depois que passa é para rir" então certamente esse monte de merda sentimental iria virar uma tragicomédia pastelão pseudo cult com final infeliz (WHAT?). Provavelmente o filme teria diálogos surrealistas, cinzeiros transbordando, noites regadas a álcool, teorias malucas sobre o amor, protagonistas confusos e amargurados, dilemas existenciais, passos de dança exóticos, além de muita vergonha alheia e fiascos. A protagonista? Bem, eu escolheria a Ellen Page para me interpretar e a direção ficaria a cargo do Almodóvar, Infelizmente Almodóvar, Ellen Page e essa trilha sonora não fariam sentido nenhum nesse universo (nem numa realidade alternativa), então minha segunda opção de direção ficaria com a Drew Barrymore que recentemente dirigiu o clipe do Best Coast (banda que por sinal está ausente na trilha sonora. Shame on me!) e eu achei o resultado incrível. Para roterizar o filme o convidado seria Judd Apatow e eu também provavelmente diria para a Drew pegar alguns insights com o Bertolucci para saber como se faz para escandalizar nas cenas de sexo. Ok, ok. Estou indo longe demais com essa história. Parei!

P. S. 01 Fiquei admirada de não encontrar nenhum título relacionado a alguma música sertaneja ou algum pagode bizarro ao longo das referências no blog. Seria no mínimo estranho um filme com essas músicas na trilha sonora.

P. S. 02 Não sei exatamente onde se encaixaria, mas o filme teria que contar com a participação da Zooey Deschanel, Anna Faris, Emma Stone e da Kirsten Dunst.

P. S. 03 Definitivamente o diretor do filme não seria o David Lynch (a não ser que eu quisesse causar danos cerebrais permanentes nos espectadores).

Saturday, October 15, 2011

May the bridges I burn light the way

Hoje eu decidi que precisava deixar pra lá. Acordei sentindo que passei por cima dos meus próprios limites e que fugir virou uma questão de vida ou morte. Não é a primeira vez que tento escapar, eu sei. Já tentei mais de uma vez percorrer qualquer rota de fuga que me parecesse cabível, mas de alguma forma ela me levou de novo até você. Juro que não queria fugir, mas também não quero mais sofrer. Não agüento mais viver nessa interminável agonia. Talvez todos estejam certos e eu realmente esteja lutando por uma causa perdida e que nossa situação seja mesmo irremediável.
Em meio a devaneios sem fundamento fico tentando encontrar respostas concretas pra problemas do passado que ainda me assombram. Foram muitas coisas em poucos dias. Confusão demais. Tristeza demais. Expectativas demais. Teorias fracassadas. Mas é assim que funciona mesmo. A gente sofre, se fode, pensa em desistir, mas não desiste e continua se iludindo. Eu sabia que não era certo, mas quis arriscar só mais uma vez pra perder. Mas chega. Já me desgastei demais.
Hoje eu acordei e resolvi jogar tudo pelos ares. Meus bons costumes. Minha fé na humanidade. Minha paciência. Minhas esperanças. Na verdade é como achar a chave das algemas que me prendem a você. Encontrar a cura de uma doença que eu mesma criei. Sim, livre. Agora eu só preciso desconsiderar alguns fatos pra continuar vivendo tranqüilamente. Pra que? Pra me certificar que qualquer ponte da memória que me leve até você esteja realmente quebrada e eu não tenha mais como voltar atrás.

P. S. Apesar de ter sido escrito há 4 anos atrás, muitos elementos desse texto ainda fazem sentido na atual conjuntura.

Wednesday, October 12, 2011

I'm alright, I just forget you all the time

Ultimamente venho sendo acometida por um mal chamado Depressão Pós-Balada (DPB) e que acontece quando eu bebo demais, rio demais, danço demais, canto demais, falo merda demais, fumo demais e me divirto demais na noite anterior à crise. Sabe como é... depois da euforia vem a queda livre.
E não, não me digam que isso se chama ressaca, pois se me perguntarem onde dói, já tenho uma resposta na ponta da língua: o coração. Hoje, por exemplo, depois de um fim de semana incrível na praia, acordei com uma pontada de melancolia e uma saudade absurda daquela-que-não-deve-ser-nomeada da minha ex e fiquei o dia todo lutando contra a vontade de mandar uma mensagem para ela. Claro que não mandei, afinal não havia nada para ser dito. A solução que encontrei foi me calar, engolir o choro e me afogar por dentro. Coisa que tenho feito com mais freqüência que eu gostaria diga-se de passagem.
Eu diria que essa DPB é reflexo de choque com a realidade e carência misturada com dor de cotovelo e mais um monte de sentimentos de merda, que eu nem gostaria de sentir para falar a verdade. Mas ok, passa. Escrevo um texto. Penso nela. Fumo um cigarro. Penso nela. Reclamo para algum amigo. Penso nela. Escuto uma música. Penso nela. Vejo um seriado. Penso nela. Leio um livro. Penso nela. Assim o dia passa... E eu juro que não consigo entender como as pessoas têm a coragem de afirmar que a vida é curta. Se isso é verdade, porque diabos esses dias são tão longos e enfastiantes?
Tudo que eu queria era adotar a filosofia de vida da minha prima que prega que "o negócio é ser vazia". Segundo ela, quando você atinge esse estágio de elevação espiritual, você fica tão livre e despreocupada com tudo que passa a dar valor para coisas corriqueiras e apreciar pequenos prazeres, tipo uma Amélie Poulain mais bem resolvida e menos psicótica.
Sinceramente não vejo a hora de me livrar dessa síndrome, me tornar vazia e ter de me preocupar apenas em cortar o cabelo, ir no dentista, pagar o licenciamento do carro, escolher onde irei almoçar ou algo do gênero. Mas enquanto isso não acontece, emendo uma DPB na outra e afogo minhas angústias com cerveja. Infelizmente, é o que tem para hoje, para amanhã e provavelmente para próxima semana.

Thursday, September 15, 2011

Código de Auto-Controle (CAC)

Descrição da infração: ir atrás da razão do seu afeto e manifestar seus sentimentos

Artigo CAC: 2 e 7
Art. 2: não diga o que está sentindo de maneira nenhuma
Art: 7: finja que não sente falta

Gravidade: gravíssima

Valor: R$ 3,000 (equivalente a 20 sessões de terapia)

Penalidades - Medidas Administrativas: infelicidade, frustração, arrenpedimento instântaneo, auto-chicoteamento, interdição e encaminhamento imediato a autoridades competentes para medidas preventivas no que diz respeito a tomar vergonha na cara e largar mão de ser idiota

obs. a multa poderá ser multiplicada de 2 até 5 vezes a critério da autoridade

Friday, August 12, 2011

With a little help from my friends

Salvo algumas exceções, no decorrer da minha vida meus melhores amiguis sempre foram do gênero masculino. Não sei explicar bem a razão do fenômeno, mas talvez seja porque os rapazes têm uma propensão menor ao drama do que as moças.
Gosto da forma como os homens são descomplicados e admiro a força (no sentido figurado, claro) e o pragmatismo com que eles lidam com as agruras da vida. Parece tudo tão simples quando eles dizem: "ah, você está sendo muito imediatista. Daqui um tempo você nem vai lembrar que isso aconteceu" ou "tudo que você precisa é de uma foda bem dada para resolver tua dor de cotovelo".
As amigas também falam esse tipo de coisa, mas no fundo elas gostam de discorrer sobre sentimentos mais profundos, debater e esmiuçar detalhes de situações que tem grau zero de importância, elas querem saber de TODOS os detalhes sórdidos da sua última saga malfadada e adoram levantar questões absurdas.
Não que isso seja ruim, mas às vezes parece que quanto mais você fala sobre um assunto, mais longe de uma conclusão você chega. O bom mesmo das chicas é que elas te oferecem um ombro amigo para chorar e você pode fazer isso sem ter o mínimo de dignidade, pois infelizmente nesse quesito os chicos ficam devendo. Eles não têm a mínima idéia do que fazer quando nós garotas, começamos a chorar na frente deles.
Só que tem dias que nós não queremos abrir o coração e nem receber aconselhamento espiritual de ninguém, muito menos falar das nossas preocupações. Tudo que queremos ouvir é: “e aí, vamos beber hoje e chutar o balde?” e não importa muito de quem venha o convite.

Saturday, August 06, 2011

Eu fico desgraçada da cabeça

Sempre que fico muito irritada com alguém, seja com a minha mãe, com meu pai, com o vizinho, com o babaca do trânsito, com uma amiga ou com um affair, e não tenho oportunidade de confrontar essa pessoa, acontece algo engraçado: me flagro imaginando o que aconteceria se eu resolvesse extravasar meu ódio iminente.
Meu “extravasar” pode acontecer de duas maneiras distintas: 1) esfaquear mentalmente – que é uma forma bem eficaz de pensamento e traz uma satisfação momentânea. Lembrando que dependendo do nível de raiva, as facadas podem virar machadadas. 2) me imagino xingando e falando um monte de barbaridades para o ser. Note que o segundo método requer um pouco mais de ruminação e uma busca mais profunda no baú do ressentimento. Afinal, já que é pra botar pra fuder, que seja com o mínimo de classe e ofendendo o máximo possível. Mas calma gente é só um exercício mental.
Se eu tivesse um terapeuta, provavelmente ele diria: “esse tipo de pensamento só atrai sentimentos negativos e te dá mais lenha para aumentar as chamas da sua ira. Você não quer um coração transbordando de ódio, quer?” Não, eu não quero, mas às vezes eu fico tão desgraçada da cabeça que esse tipo de escape me dá um alento perante situações nas quais me encontro impotente.
Porém, convenhamos que esse lance de alimentar animosidades cansa a beleza, afinal chega um momento que você já manifestou seu repúdio de tantas formas na sua imaginação que você já não tem nem mais o que fazer. O fato é que antes de começar a se irritar, você deveria ter em mente que são dois trabalhos: o de ficar puta e depois ficar na boa novamente. Espero lembrar disso da próxima vez...







Sunday, July 17, 2011

You and I, Me and You

Hoje faz exatamente um ano que nos conhecemos e posso dizer sem exageros que você mudou minha vida e meu jeito de ver as coisas. Sem dúvida, você é a pessoa mais doce que já encontrei nessa cidade fria e cinza. Infelizmente, por alguns infortúnios da vida, você teve que ir embora. E eu fiquei aqui desejando que pudéssemos ter mais tempo e paciência para acertar nossa situação.
Lembro da apreensão que senti antes de nos conhecermos pessoalmente. Pensei: e se ela for feia ou chata o que eu vou fazer? Ainda bem que nenhum dos meus temores se concretizaram, pois quando te vi descendo do táxi constatei que você era bem mais bonita do que eu imaginava e depois que conversamos um pouco percebi que de entediante você não tinha nada. Quem diria que aquele encontro tão casual num sábado renderia tantas coisas boas. Os detalhes daquele dia em questão ainda estão muito vívidos na minha memória.
Lembro da trilha sonora extremamente depressiva. Mas a verdade é que eu não estava nem prestando muita atenção nas canções down do Cazuza. Lembro do teu jeito tímido e de você desviando o olhar e balançando a cabeça quando ficava sem jeito. Lembro de me pegar pensando: será que ela gostou de mim? Será que já posso segurar a mão dela ou ainda é muito cedo? Lembro dos meus amigos falando besteiras que espantariam qualquer pretendente, mas você não fugiu. Ainda bem. Lembro de não ter enxergado nada nem ninguém no VU, só você. Lembro da primeira vez que te beijei depois de ter enrolado a noite inteira. Lembro que no dia seguinte você me fez passar fome porque queríamos comer sushi e nenhum lugar entregava antes das 18h. Lembro que ficamos bastante tempo na cama nesse dia e mais algum par de horas sem fazer nada, só conversando. Lembro de nesta mesma fatídica data você ter me acompanhado até o ponto e esperado o ônibus comigo.

Você não imagina o quanto eu sinto a falta do seu sorriso maravilhoso. Do som da sua voz. Do seu cheiro. Do seu abraço. Da sua pele macia. Das músicas horríveis que você cantava e das suas danças estranhas. Da sua gentileza, do seu cárater, da sua honestidade, da sua generosidade, do seu bom coração, da sua inteligência, do seu senso de humor. Da tua desorganização. Do jeito que você prendia o cabelo e do cheiro dele. Das cores do teu esmalte. Do teu pé gelado. Da suas orelhas minúsculas. Das suas meias fofinhas. De você fingindo que a toalha na cabeça era seu cabelo. De comer um pote de Häagen-Dazs na cama com você. Das suas panquecas, bruschettas, pãezinhos feitos na "arma medieval", saladas, omeletes e de tudo que você cozinhava, exceto das receitas que levavam pimenta rosa utilizada sem parcimônia. Das suas tatuagens. Da sua calça vermelha. De você brincando no meu DSI e ficando toda feliz quando passava alguma fase do Mario. De ouvir o cd da Tegan and Sara over and over again no teu carro. De você reclamando que eu roncava, babava e deixava uma peruca no travesseiro quando dormia na sua cama. De sempre ganhar de você no Jogo da Vida. Da sua cara de louca quando me contou que tinha visto um Lulu no Angeloni. De fazer o caminho da tua casa pensando no teu sorriso ao abrir a porta para mim. De você secando o rímel com o secador. Dos nossos filmes, músicas, seriados e de todas as nossas coisas e hábitos que cultivamos juntas. De chegar atrasada no trabalho por não conseguir te deixar na cama fazendo aquela cara de "fica, amor". De você rindo das minhas piadas idiotas. Do seu carro cheio de trabalhos da faculdade, roupas, chinelos e tranqueiras. Dos quadros que você pintou e pendurou na parede da sua casa. De você xingando suas vizinhas por causa da garagem. De você dizendo "que querido!". Das suas mãos que volte e meia estavam sujas de tinta. De imitar tua voz de gralha e você ficar ofendida. De você me contar nos mínimos detalhes como foi seu dia. Dos desenhos que você fazia no box enquanto tomava banho. Dos e-mails com animaizinhos fofinhos que você me mandava. De você me chamando de algum apelido mongo e dizendo o quanto me amava. De dormir com o seu "boa noite" e acordar com o seu "bom dia". De ler a "Quem" com você e sempre tirar sarro da verruga da Sabrina Sato ou de ler o horóscopo e fingir ficar braba quando dizia que você iria conhecer alguém especial. Do ouriço e do cachorro que nós nunca iremos ter. Dos shows que nós nunca iremos assistir. Das viagens que nunca iremos fazer. Das fotos que nunca iremos tirar. Das cervejas que nunca iremos tomar e os cigarros que nunca iremos fumar.

Meu bem, saiba que queria ter sido melhor no sentido que você esperava que eu fosse. Desculpa ter te decepcionado e te magoado. Nunca foi minha intenção. Dói saber que nosso amor não foi suficiente para superarmos nossas diferenças. O que eu mais queria é poder ter de volta tudo que perdemos porque eu ainda te amo desesperadamente.



Saturday, July 09, 2011

Bad trip songs - Parte II

Para continuar a sessão brokenheart songs ou let's get fucked and die songs, temos:

7) Guess Who – These Eyes

"These eyes have seen a lot of loves. But they’re never gonna see another one like I had with you". Não sei se essa parte é pior ou a que ele fala que os olhos viram essa moça sem coração colocar um fim no mundo dele. Sad.



8) Yeah Yeah Yeahs – Runaway

É Karen, a vontade que dá é sair correndo por aí mesmo. Para um lugar bem distante.



9) Los Hermanos – Assim Será

A desgraça predomina na música inteira mas o golpe derradeiro vem com os dizeres "Como vai ser ruim demais olhar o tempo, ir sem ver os seus abraços, seus sorrisos ou suas rimas de amor".



10) Jet – Move On

Essa canção já é um pouco mais otimista. Porque o cara está ligado que não tem o que fazer e vai ter que catar os cacos e seguir em frente. Está certo ele, tem que tomar um rumo nessa vida. "Yeah I'm gonna have to move on, before we meet again. Yeah it's hard".



11) Maxïmo Park - I Want You To Stay

"I wish I knew how it came to this". Ótima pergunta, mas a resposta é melhor ainda: eu quero que você fique comigo porque parece que tudo está virado do avesso. Ok, ele não fala bem isso na letra, mas é bem por aí...



12) The Kooks – Gap

E para cutucar a ferida mais um pouquinho a playlist dos corações dilacerados termina com The Kooks. "What's all this I see? Yeah you're leaving right beside me, and I miss you, and I love you. That's true".
Sim, é verdade.





Para quem chegou ao final e não cortou os pulsos, teve um acesso de choro ou foi contaminado por esse climão deprê, parabéns! A propósito, gostei dessa história de criar uma playlist. Para uma próxima juro que vou escolher um tema mais light.

Friday, July 08, 2011

Bad trip songs - Parte I

Sexta-feira é o dia da semana que as pessoas mais anseiam. Pelo menos as que não trabalham ou estudam no sábado. Normalmente eu era acometida por esse entusiasmo pré fim de semana também. Mas hoje aconteceu algo muito estranho e eu não senti vontade de sair pulando quando o relógio marcou 18 horas. É, mais um sinal do fim dos tempos...
Mas enfim, cheguei em casa, tomei e um banho e pensei: ok, o que eu faço agora? Saio? Não estou afim. Vejo um filme? Bah, só tem filme sério ou de desgraça no meu computador. Aliás, nota mental: baixar filmes com temática leve e possível final feliz. Estou precisando de mais fé nos seres humanos no momento.
Eis que tive uma idéia genial! Decidi fazer uma seleção musical para curtir minha fossa. Porque claro, nada melhor que escutar músicas tristes para ficar ainda mais deprimida e pensando em tudo que deu errado. YAY!
Só que vejam pelo lado bom, eu poderia estar trollando a timeline do Twitter ou do Facebook com frases depressivas ou comentários de gente mal amada. Também poderia estar me lamuriando para algum amigo via MSN. Mas não, estou apenas aqui neste humilde blog espalhando minha infelicidade.

Então vamos lá... Vou começar já mostrando para que eu vim nessa bodega. Ram!

1) Chico Buarque – Desalento

"Sim, vai e diz. Diz assim que eu chorei, que eu morri de arrependimento. Que o meu desalento já não tem mais fim". E esse é só o começo da letra... Só piora.



2) Damien Rice – Cannonball

Amo Damien Rice, mas escuto com parcimônia porque pelamor, é uma música mais melancólica que a outra. Mas essa é incrivelmente deprimente.
"There's still a little bit of your taste in my mouth. There's still a little bit of you laced with my doubt. It's still a little hard to say what's going on".



3) The XX – Heart Skipped a Beat

"Please don't say we're done. When I'm not finished. I could give so much more. Make you feel, like never before. Welcome, they said welcome to the floor". Essa começa bem também. Bem desgraçada.



4) The Kills – Tape Song

"Time ain't gonna cure you. Honey, time don't give a shit.. Time ain't gonna cure you. Honey, time's just gonna hit on you. I said time ain't gonna cure you". Pois é Alison, nem 6 tipos diferentes de cola estão conseguindo segurar o tchan nesse momento.



5) Tiê – Só Sei Dançar Com Você

Essa música na verdade é da Tulipa Ruiz, mas eu gosto taaanto da versão da Tiê. E putz, quando você se solta com alguém é tão difícil e leva tanto tempo para dançar com qualquer outra pessoa. Ô vida bandida!



6) The Black Keys – The Only One

"But when all is said and done, I know you are still the one. You're the only one". Essa música nem é tão triste na verdade. Daria até para usar numa playlist “Love Songs”. A tristeza dela reside no fato de que para você só existe uma pessoa no mundo que pode te fazer sorrir e ela não está com você, entretanto você tem a esperança que seja apenas uma fase.




Por hoje deu. Amanhã eu volto com mais músicas relatando desventuras amorosas e a miséria humana.


Saturday, June 25, 2011

Desalento

Para mim, esse negócio de terminar um relacionamento de forma amigável é coisa de gente madura e muito bem resolvida. Atitude louvável eu diria, pois convenhamos, términos são dolorosos e às vezes é difícil manter a compostura diante da situação.
Pela introdução dá para perceber que eu estava acostumada a rompimentos dramáticos envolvendo gritos, choradeira, portas batendo, pontapés e afins. Esse tipo de coisa me faz pensar que espécie de pessoa eu era e com quem andava me envolvendo, mas enfim... Esse não é a questão. O que eu me pergunto é: qual a vantagem de romper amigavelmente? Afinal, a dor excruciante é a mesma nos dois casos.
A única vantagem que vejo é que se você se portar bem no término, a razão do seu desafeto não vai pensar que você é uma louca desvairada e que fez certo ao se livrar de você. Mas que diferença faz, se de qualquer forma ele terminou e está bem difícil pensar numa outra coisa que não seja nisso?
Fico imaginando se não seria melhor finalizar o show com xingamentos e muito ódio no coração? Se dessa forma não seria mais fácil colocar um ponto final e seguir adiante? Não sei. Não sei mesmo. Os dois caminhos são horríveis e te levam para o mesmo lugar: uma casa vazia sem ninguém para esquentar a cama e te dizer que apesar do teu dia ter sido uma merda, tudo vai ficar bem.
Ok, ok. Chega de ser irracional. Estou começando a me deixar levar pelo lado negro da força. O importante nesse momento é lembrar-se dos bons momentos e se livrar da mágoa. Foi melhor assim e depois que eu me convencer que isso é verdade, conseguirei convencer qualquer um...

Friday, June 24, 2011

Now we all know the words were true in the sappiest songs

Depois de quase um ano sem dar as caras por aqui, voltei. Com más notícias, claro. Pois, não sei o que se passa, mas sou tomada por um surto de inspiração quando estou passando por maus bocados, e sei que isso não acontece só comigo. Mas a verdade é que preferi escrever ao invés de ficar me debulhando em lágrimas, porque já fiz isso ontem e antes de ontem.
Enfim, antes da minha vida ser como um dia ensolarado num jardim florido, passei por um por um relacionamento traumático que me proporcionou várias seqüelas emocionais. Além das fraturas expostas e do coração partido adquiri vários hábitos peculiares no que dizia respeito à interação com nível afetivo para com outros seres humanos e um deles foi o hábito de sempre querer “sair por cima da carne seca”, não importando a quem essa atitude ferisse.
Coisa de gente egoísta e sem amor ao próximo, eu sei. Mas eu não ligava para isso na época em questão. Tudo que eu queria era me sentir bem e talvez provar para aquele ser que me magoou tão profundamente que eu era superior àquela merda toda que tínhamos vivido. Eu realmente não dava a mínima se meu bem estar custasse as lágrimas de outra pessoa, pois na minha cabeça era só diversão. Entrei numa competição bizarra comigo mesma para esfacelar o máximo de corações esperançosos que eu pudesse.
Só que o tempo passou e eu parei de me divertir com a desgraça alheia, porque no final das contas eu sempre acabava sozinha com o meu orgulho e meu vício perverso pela miséria daqueles que cruzavam meu caminho e topavam embarcar num amor descompromissado. Além disso, ocorreu outro fato determinante: conheci alguém e me apaixonei. Passei a me importar e tentar ser melhor não só para ela, mas para mim também. Estava cansada das mentiras, traições e falsas esperanças.
Foi tudo maravilhoso por um tempo, mas sabe o que aconteceu? Terminamos. Ela terminou comigo na verdade. Fato que seria inadmissível para o meu eu anterior, afinal a frase que regrava minha vida sentimental era: “Dê o pé na bunda antes que você leve!”. Pois é, infelizmente eu estava levando a sério demais as leis da selva e o fato de precisar sair por cima da maldita carne seca.
Para mim o poder numa relação estava com quem se importava menos. Porém, nesse relacionamento eu abandonei esse conceito deturpado e comecei a dar importância para o fato que talvez a felicidade estivesse em amar e se importar mais com alguém e não menos. Pena que a história não teve um término feliz. Ou teve, dependendo da perspectiva. Mas essa discussão eu levanto num próximo texto lindo e edificante sobre como o amor transforma e inspira. Pff...