Saturday, January 26, 2008

No surprises

Tem alguma coisa nova pra fazer? Não! É, deve ser por isso que prefiro ficar em casa numa sexta-feira à noite. Ler, ver filme, comer, escrever ou dormir é mais produtivo que apertar o rewind e depois assistir a mesma coisa de sempre. As mesmas pessoas, os mesmos assuntos, as mesmas músicas, as mesmas bebidas, os mesmos fiascos.
Que tal um novo romance? Ih, melhor não. Inventar um novo amor nunca dá certo mesmo. Depois de escrever uma tragédia de final de ano com um desfecho bizarro o roteirista do seriado resolveu tirar férias e se mandou pra alguma ilha tropical, já que o clima de Curitiba anda uma porcaria. Férias mais que merecidas, devo admitir. “Mas e o show, como fica?” Perguntam os telespectadores. O show fica um saco. A falta de emoção desse ínicio de temporada já começou a refletir na audiência, que anda dando traço.
Acho que preciso de um novo roteirista pra temporada 2008. Cansei do antigo. As histórias dele já não emocionam mais como antigamente. Também preciso de novos ares, novos personagens, nova locação, novo figurino, nova maquiagem...

Monday, January 21, 2008

Vira o disco, porra!

Quando você decide parar de sair contando tudo da sua vida por aí, você sente que evoluiu espiritualmente, se tornou uma pessoa mais sábia. Mas na verdade você só decidiu ficar quieta porque sabia que as pessoas iam meter o pau se soubessem o que você andava fazendo por aí nesses dias de ausência. Mas chega uma hora que não dá mais pra agüentar e você decide romper o silêncio. As pessoas precisam saber em que mar de lama você se meteu dessa vez. E você também precisa ouvir palavras de afeto e consolo dos seus amigos. Então você reclama. Reclama muito mesmo. No meio da rua, às 3 da manhã. E você não tá nem aí se tá fazendo um escândalo, gritando, esperneando e acordando as pessoas porque você precisa colocar tudo pra fora. Você passou do seu limite, aliás passou tanto do limite que já nem sabe mais onde ele costumava ficar. E convenhamos que escutar demais e falar de menos não combina com você.
Naquela noite você dorme aliviada, parecendo ter tirado um peso de seus ombros. Um peso que você mesma decidiu carregar e está ciente disso porque agora você virou uma adepta fervorosa do carma e sabe que tudo que aconteceu foi culpa sua mesmo. Tem malditas horas nas nossas vidas que a gente resolve se auto-punir. Uma espécie de pagamento de pecados com juros e correção monetária. E assim os dias vão passando, com você reclamando e seus amigos pacientemente ouvindo. Coitados. Mas esses amigos foram eleitos por você como pessoas que você pode contar tudo. Eles te amam e precisam te aturar. Mas até você cansa de você mesma uma hora. Então decide deixar essa história pra lá. Você finalmente vira o disco e resolve tocar ritmos menos perigosos. O travesseiro é seu melhor amigo nesses dias. E se tem uma coisa que realmente irrita são noites em claro por causa da bendita insônia. É um saco você ser privada de uma das coisas que mais gosta de fazer, não?
Eis que você percebe que atingiu a 3ª idade com 20 anos porque sua vida se baseia em comer, dormir e ver televisão. Em determinado momento você se pega assistindo Anaconda 2 (como se o primeiro já não tivesse sido ruim o suficiente). Para você isso tem alguma coisa de assustador. Será que você realmente chegou ao fundo do poço? Seria o principio do fim? Melhor nem pensar muito sobre esse assunto. Como dizem, “depois da tormenta vem a calmaria”. Sei lá, deve ser uma mistura de inferno astral, crise existencial, bloqueio criativo, bagunça mental e tédio. Ok. Você queria paz, tá reclamando do que agora? Da rotina enfadonha e do marasmo? Pois é meu bem, ter que virar o disco é um saco mesmo.

Saturday, January 19, 2008

Ano novo, vida velha

O que está acontecendo? O que nós estamos fazendo? Aonde tudo isso vai dar? Isso é certo? O que você realmente quis dizer com isso? O que eu sou pra você? O que deu errado? De quem é a culpa? Será que algum dia...? Meu Deus! Quanta pergunta desnecessária! Na verdade, acho que não preciso mais saber dessas respostas, então resolvi deixar pra lá. Sei lá, ultimamente o que eu mais tenho pensado é em não pensar. Tipo um exercício diário mesmo. O meu costume de ficar racionalizando e procurando sentido em todas as coisas não tava fazendo bem pra minha saúde mental, aí resolvi praticar essa nova técnica revolucionária, já que a última (a de arranjar problemas maiores que o anterior), não deu certo. Mas calma aí, deixa eu explicar direito. Eu não virei um ser alienado aos acontecimentos do mundo. Devo deixar bem claro que eu apenas evito com todas as minhas forças pensar no que pode me fazer mal se eu refletir demais sobre. Se ater a detalhes pode ser bem perigoso, afinal alguém bem esperto já disse: O diabo mora nos detalhes. Outro procedimento importante que incorporei no meu dia-a-dia é sempre esperar o pior dos outros porque expectativa só gera decepção no final das contas. Aí quando acontece, e geralmente acontece, eu apenas digo: Ah, já estava esperando por isso mesmo. O que evita aborrecimentos maiores. Claro que é imprescindível sempre manter o otimismo diante das circunstâncias. Se cair na rede é peixe e o que vier é lucro. Assim que funciona. E por fim e não menos importante, tomei a decisão de não tomar decisões. Não estou apta pra fazer escolhas no momento e a fuga me parece a melhor forma de adiar resoluções definitivas. Esse negócio de “nunca mais” me assusta, então prefiro não correr riscos e sair correndo mesmo. Pode dizer que tudo isso não passa de auto-enganação e que eu sou fraca e covarde. Foda-se! Porque como diria minha prima: O importante é ser feliz. E se eu estou feliz assim, o resto é resto! E tenho dito...