Monday, June 18, 2012

Love, love will tear us apart, again

Esses tempos atrás, numa dessas conversas sem nexo de bêbados, um amigo me fez a seguinte pergunta: "Você acredita que vai ficar com alguém para sempre?" Confesso que fiquei sem saber o que responder na hora, pois nunca tinha analisado a questão profundamente. Mas verdade seja dita: sempre simpatizei com a ideia do "felizes para sempre". Isso claro, é resultado da lavagem cerebral que sofri ao longo da minha vida assistindo milhões de comédias românticas, novelas mexicanas e bobagens similares. 
Respondi para meu amigo que gostaria de acreditar, mas que sinceramente não me imaginava envelhecendo ao lado de alguém. Se você for pensar, realmente é um conceito lindo em teoria, mas no campo pragmático sinceramente acho que não funciona muito bem. Enfim, posto isso, ressalto que "o amor conquista tudo" também é uma ideia que sempre esteve enraizada em minha vida e que nunca enfraqueceu mesmo diante dos fracassos arrasadores e das reveses que sofri. Infelizmente sou uma pessoa visceral, passional e com uma certa queda para o melodrama. Já aceitei isso como um câncer que não pode ser expurgado e vive dentro de mim. 
Só que chega um belo dia que parece que a vida resolve te dar um tapa na cara e o roteirista decide reescrever o final da tua novela mexicana mas esquece de te avisar e você continua achando que vai ser feliz para sempre ao lado da sua amada. Só que não. 
Nesse dia você se dá conta que o amor que você sente e reza a lenda que é recíproco, não serve para nada, só para você alugar os ouvidos dos seus 27 amigos mais próximos pedindo insights e possíveis soluções para seu drama sentimental. Você também percebe que o amor não conquista porra nenhuma, e que a vida, meus caros, não sabe o que faz não. Porque se soubesse, ela não faria sempre tudo errado, como costuma fazer. 
Sinceramente, eu gostaria de ter um coração de teflon, mas como não tenho, insisto e não desisto. Se vocês realmente querem um bom conselho sobre o amor é: sejam egoístas. Isso mesmo. Foda-se o amor. Se coloquem sempre em primeiro lugar e esqueçam essa merda de história de ser feliz para sempre porque isso vai te tornar miseravelmente infeliz. 
No final das contas, o negócio é não criar expectativas irreais no que diz respeito aos relacionamentos da vida real. E aqui vai uma dica de Arthur Schopenhauer para suas relações amorosas: se não deu certo, e provavelmente não vai dar em algum momento, parta para outra sem culpa. Vai dizer, esse cara sim deveria ser roteirista em Hollywood...

Saturday, May 05, 2012

Little miss obsessive - Parte II

Como eu já confidenciei nesse blog certa vez, outro hábito que tenho é de SEMPRE assistir um filme até o final, independentemente de quão ruim seja a película. Isso acontece por dois motivos: 1) porque eu não eu não consigo deixar coisas inacabadas 2) porque eu fico imaginando que alguém possa vir a perguntar do filme em questão e eu tenha de responder: "desisti de ver", voltando novamente ao item 1. 
No quesito higiene pessoal e organização, minhas manias até que são saudáveis, eu acho - pelo menos se comparadas as neuroses que a Monica do Friends tinha. Eu, por exemplo, tenho o hábito de lavar as mãos umas 50x por dia e passar o fio dental nos dentes sempre depois de comer qualquer coisa quer seja. Quanto à organização, ela só diz respeito aos meus pertences. Gosto de achar as coisas com facilidade, por isso cada objeto no meu quarto tem o seu devido espaço e ai que de quem tire esse item do seu lugar! Ainda na vertente organização eu tenho um padrão de nomenclatura de arquivos no meu computador e nada, mas absolutamente nada pode ficar fora de padrão. Só de pensar em arquivos com nomes tipo abfjvaefy, mnvdsjhv ou qualquer coisa do gênero, tenho 3 tipos de chilique. 
Bom, quem me conhece sabe que não saio de casa sem duas coisas: óculos escuros e minha bolsa. Isso, claro, tem um bom motivo: claridade é uma das coisas que mais me irrita no universo, então sair sem óculos escuros está fora de cogitação, independente da estação do ano. Sobre a bolsa, carrego-a sempre comigo pelo simples fato que uso lentes de contato, então sempre é bom ter soro fisiológico caso role algum ressecamento ou a lente resolva pular do seu olho em plena balada (true story). E não, eu não vou nem até a esquina sem meu amado soro e meu estojinho de lentes. Vai que... Com relação as lentes de contato, tenho um outro hábito bem peculiar: olhar 18x o estojo de lentes antes de deitar. E eu explico a razão: certa vez cheguei em casa daqueeeeele jeito e achei que tinha retirado e guardado as lentes eu seu devido lugar. Achei. No dia seguinte acordei com aquele gosto de cabo de guarda chuva na boca e dei por falta de uma das lentes, que posteriormente achei em cima da minha cama toda cagada e ressecada. Desde então confiro os potinhos com muita atenção, afinal a porra da lente custa 300 mangos o par. 
Não sei se classificaria minha pontualidade como obsessiva, mas que eu faço questão de sempre chegar nos locais com antecedência e que eu ODEIO que me façam esperar, não tenham nem dúvida caros leitores. Também não gosto de deixar nada para a última hora e isso inclui trabalhos acadêmicos, comprar ingressos de shows ou qualquer outra coisa que possa ser resolvida antecipadamente. Aquele lance de “deixe para amanhã o que você pode fazer hoje” nunca colou comigo. 
Outra mania pra lá de peculiar que tenho é falar sozinha. Seja num monólogo franco e aberto sobre falhas de caráter, problemas a serem resolvidos, assim como em simples constatações da realidade faladas num tom amigável de conversa de bar comigo mesma. Ok, agora acho que começou a ficar estranho, não? E se eu disser que não consigo arrancar nenhuma folha de qualquer um dos meus cadernos por ficar com o pensamento: "agora o caderno não tem mais 100 folhas, tem 99", melhora? Não? Pois é... Sou levemente neurótica mesmo. Ao ponto inclusive de odiar que escrevam nas minhas revistas e apostilas. Gostos de pensar que minhas coisas são lindas e imaculadas. Mas tudo bem, vou pegar leve nesse próximo item.
Meu nome é Bruna, tenho 25 anos e tenho TOC com erros de português - por isso leio algo pelo menos umas 25x antes de enviar/postar. Quando vejo uma pessoa escrevendo errado, meu estômago revira, ainda mais se por acaso eu estiver trocando algum tipo de fluído com esse ser. Se eu, vamos dizer, posto algo no Twitter escrito gramaticalmente ou ortograficamente errado, eu apago o post e escrevo novamente. Simplesmente não dá para deixar para lá, é mais forte que eu. 
Por fim, mas não menos importante, tenho hábito de anotar tudo (incluindo nomes de músicas, quotes, endereços, to do lists, nome de filmes, epifanias, insights, nomes de livros, horários, programações) em virtude da minha péssima memória. Se eu não anotar, eu esqueço. Simples, assim. Na verdade, é por causa dessa minha memória horrorosa que eu tenho a constante impressão que sempre estou esquecendo de algo assim que ponho o pé para fora de casa. 
Se você chegou ao final do texto, deve ter percebido que as minhas manias sempre estão associadas a algo catastrófico que provavelmente não vai acontecer. Sim, eu sou uma criatura preparada para a tragédia e destruição. É algo inerente ao meu ser eu diria. Diria também que tenho um certo apego a bens materiais. E falando assim pode parecer que não sou uma pessoa normal, e provavelmente não seja mesmo. Mas como diria nossa querida Xuxa Meneghel "É O MEU JEITINHO!", oras. 

P.S. 01 Também tenho mania de dormir sempre do mesmo lado da cama. 
P.S. 02 Preciso me tratar, eu sei.

Thursday, May 03, 2012

Ela partiu

O mês era novembro, a estação Outono, a locação Copacabana, Rio de Janeiro. Acordou no quarto do hotel com a sensação que algo estava errado, mas mesmo assim se banhou, vestiu uma camisa social azul e jeans, calçou seu All Star preto e desceu para tomar café da manhã. Em seguida, pegou um táxi e foi participar da coletiva de imprensa para a qual fora enviada para cobrir.
O evento transcorreu sem grandes acontecimentos, exceto pelo fato do wi-fi não ter funcionado e o 3G ter deixado a desejar. Colocando em miúdos: fazer uma cobertura da coletiva via Twitter e Facebook era praticamente um desafio à altura das peripécias do MacGyver, mas no final deu tudo certo.
Depois disso, por volta das 13:30 ela foi almoçar num restaurante em Ipanema junto com sua chefe, duas colegas de trabalho e claro, aquela sensação incômoda e angustiante que lhe acompanhava desde o momento que abriu os olhos pela manhã.
Enquanto esperava pela salada que havia pedido, sua chefe lhe perguntou como andava sua vida pessoal, ao passo que a moça confidenciou que passava dificuldades no namoro, mas que agora estava tudo se encaminhando. Mal ela sabia que tudo estava se encaminhando mesmo. Para o buraco. Sua chefe fez uma pergunta que ela recorda até hoje: "qual das duas é a mais madura no relacionamento?". Na hora ela não soube o que dizer, mas hoje entende que a resposta certa era "nenhuma das duas", infelizmente.

Conversavam sobre amenidades na mesa, ao passo que aquele pressentimento que algo ruim iria acontecer tomava conta de seu ser. Foi então, no exato momento em que a rádio começou a tocar "Ela Partiu" do Tim Maia, que a moça descobriu qual era a razão daquela aflição que não conseguia parar de sentir. "Ela vai terminar comigo", constatou.
Passou o resto da tarde com pensamentos tóxicos na cabeça. Imaginando como seria sua nova vida de solteira. Para quem ela ligaria para contar sobre seu dia. Quem ficaria com o cachorro recém adquirido na partilha de bens nesse "divórcio" eminente. Se choraria por dias a fio como tinha feito nos outros términos. Se voltaria a ser amada por alguém algum dia.
Já em pleno voo voltando para sua cidade, lembrou daquele lance do avião que leu num blog certa vez e dizia que para ter certeza se você está afim de alguém, basta passar por uma turbulência. Se nesse momento de pânico, você pensar na pessoa é porque gosta dela. Nisso ela se deu conta que não precisava de uma turbulência para saber se realmente amava aquela garota, pois ela amava. Mas o pensamento que afligia seu âmago era: "que diabos vou fazer quando chegar em Curitiba e levar um pé na bunda?". Nessas alturas do campeonato seu desespero e inquietação já eram visíveis.
Chegando em Curitiba, pegou um táxi para a casa de sua amada e ao descer do carro e olhar para o semblante dela, que lhe esperava na porta do prédio, a moça teve somente uma certeza: ELA DEFINITIVAMENTE VAI TERMINAR COMIGO! Bem, nem é preciso dizer que elas realmente romperam. Diferenças irreconciliáveis, dizem por aí. A ex pediu duas coisas antes de se despedir e ir embora: "não me procure mais e não escreva a meu respeito no seu blog".
O engraçado é que a moça nunca foi do tipo que gostava de parcelar as compras, então era muito estranho que tivesse insistido nessa relação cheia de vaivéns e levado um chute na bunda em 5 parcelas, mas enfim... Ainda meio aturdida, passou no posto de gasolina na esquina da casa de sua recém ex-namorada e comprou 3 garrafas de Sol Mexicana. Chegou em casa, acendeu um cigarro e foi tomada por uma sensação de tranquilidade com um pensamento idiota na cabeça: "ok, eu já sabia que isso iria acontecer mesmo, não foi nenhuma surpresa como da primeira vez."
Obviamente, no dia seguinte ela acordou se sentindo um lixo e nos dias subsequentes também. Os meses que se sucederam podem ser resumidos mais ou menos como aquela música do David Guetta: "party, and party and party and party.". Claro que tanto álcool, festas e tentativa de omissão e de ser superior aos seus verdadeiros sentimentos não deram muito certo. Passado um pouco mais de um mês do término a moça não resistiu e mandou uma mensagem contando que havia encontrado para comprar no shopping a cerveja que ela e sua ex-cônjuge procuraram por Curitiba inteira. Não recebeu nenhuma resposta.
E assim ela continuou com a sua vida. Veio o ano novo e aqueles sentimentos arrebatadores voltaram novamente e a moça mais uma vez não resistiu e enviou um "inocente" SMS em janeiro desejando um feliz ano novo e várias coisas boas em 2012 para sua ex. Mais uma vez foi ignorada.
Nesse ínterim, a moça startou novos projetos pessoais e voltou a ficar com uma garota que havia conhecido no final do ano. Claro que mais uma vez ela não pôde deixar de pensar: "agora vou ser feliz pra sempre de novo". Só que não. Em meados de fevereiro a moça assistiu a um filme e lembrou-se da sua ex e não deixou passar a oportunidade de atazaná-la. Enviou um torpedo dizendo que o tal filme havia feito ela se lembrar das duas. Não teve nenhum retorno novamente.
Obviamente esse novo romance da moça estava fadado ao fracasso desde o princípio, mas ela não quis acreditar até o inevitável acontecer mais uma vez. E o inevitável aconteceu na segunda quinzena de abril. Como julgava que não tinha mais nada a perder mesmo, ela tentou ligar para a casa da ex para ver se ela estava por lá, mas aparentemente o telefone havia sido desligado. Não tendo opção, tentou telefonar diretamente no celular da pessoa. Caiu na caixa postal. 

Desiludida da vida com seus insucessos saiu para encher a cara e tomou uma das decisões mais imbecis que já teve em toda a sua vida: resolveu aparecer de madrugada na casa da ex. Pensou: "o que pode ser mais agradável que uma visita super oportuna na calada da noite, de uma ex totalmente embriagada?". Bem, na verdade se ela tivesse pensando dessa forma, teria ido para casa ao invés de importunar a coitada de madrugada. Felizmente o que poderia ter terminado numa ordem de restrição, terminou com um "ela não mora mais aqui" por parte do porteiro do prédio.
A ex havia se mudado e trocado o número do celular. "Ela realmente foi embora", pensou. Voltou então para casa com um rabo invisível entre as pernas, colocou a música do Tim Maia, chorou até desidratar e fez uma promessa para ela mesma: vou ficar um mês sem beber depois dessa bad trip.

Wednesday, May 02, 2012

Little miss obsessive - Parte I

Essa semana estava navegando como quem não quer nada por aí nos meus sites favoritos e acabei encontrando um teste para obsessivos compulsivos fazerem. A premissa da brincadeira era procurar erros numa determinada imagem e verificar o resultado que variava entre observador e WTF. Meu teste me caracterizou apenas como uma pessoa perfeccionista. "Menos mal", pensei comigo mesma, mas refletindo mais profundamente sobre a questão TOC's, comecei a enumerar as manias e hábitos que tenho e o saldo final na verdade foi meio assustador. 
Eu, por exemplo, tenho mania de SEMPRE voltar para conferir se tranquei a porta de casa ao sair ou se liguei o alarme do carro, fechei os vidros e desliguei os faróis do mesmo. Geralmente, esse retorno para fazer a conferência ocorre quando já estou há umas duas quadras do local de origem, mas não interessa porque eu sempre acabo voltando por não conseguir conceber a possibilidade de ter deixado a porta destrancada. Enquanto eu não regresso para me certificar que tudo está devidamente trancado, aquela ideia de alguém entrar na minha casa ou roubar meu carro fica martelando na minha cabeça e eu não tenho paz espiritual. Na real, isso só acontece pelo simples fato de eu não prestar atenção no que estou fazendo e sempre estar pensando em várias coisas ao mesmo tempo. Alguns chamam isso de ansiedade, mas sobre esse assunto falarei com meu terapeuta num momento oportuno. Enfim... 
Outra mania que tenho é de não arrancar a película de plástico de eletrônicos ou qualquer outro produto novo com medo de estragar ou riscar o objeto. Aliás, eu até arranco, mas depois de ter usado várias vezes e ter perdido um pouco do apego pelo bem. Esses dias comprei um relógio novo e fiquei usando-o umas duas semanas com a película por cima para não riscá-lo. Só tirei o plástico porque ele começou a descolar, senão provavelmente estaria usando a dita película até hoje. Lembrando que eu também faço isso com etiquetas de roupas novas. Caaaaaalma, deixa eu explicar! Eu não fico usando roupa com etiqueta, mas não a arranco enquanto não for usar a roupa pela primeira vez porque tenho uma paranoia de sei lá, ter vontade de trocar a roupa e não poder por ter arrancado a etiqueta. Vai entender né... 
Bem, garanto que o próximo item da lista muita gente deve fazer igual: salvar arquivos de 30 em 30 segundos no computador (principalmente no Word). Ok, provavelmente as pessoas até salvem os arquivos com certa frequência, mas não compulsivamente como eu faço. E não é que eu já tenha perdido algum documento porque o pc travou ou a luz acabou, mas só de pensar nessa hipótese, entro em pânico e por isso procuro ficar um passo a frente da tragédia eminente ou não tão eminente assim. Vale lembrar que também tenho esse maravilhoso hábito quando jogo videogame, pois morro de medo do PS3 travar e eu perder todo o meu progresso. 
Eu tinha um amigo que só escutava música em volumes de número par no carro e desde que conheci essa criatura, percebi que as pessoas têm hábitos peculiares no tocante ao seu automóvel. E eu não sou diferente. A minha mania é sempre encher o tanque toda vez que ele chega no quarto final de gasolina. Isso porque morro de medo de ficar sem combustível no meio do nada. Ainda com relação ao meu carro, tenho outros dois hábitos que estão meio interligados: fazer exatamente sempre o mesmo caminho quando vou para determinado lugar. Quando digo o mesmo caminho, quero dizer que dirijo até na mesma pista sempre. E falando em pista, eu tenho a mania de não trocar de faixa. Ou seja: se eu tenho que virar a direita 28 quarteirões à frente a probabilidade que eu fique na pista da direita todo esse tempo é de 99,1%. Mas pelo menos esse hábito, tem uma explicação bem plausível: curitibanos são mega mal educados no trânsito e não dão passagem para ninguém, então ficar na faixa certa é evitar que você perca sua conversão no futuro.

Monday, April 16, 2012

What happens in Mexico, stays in Mexico

Não sei explicar exatamente o que aconteceu na viagem para o Caribe, mas a fórmula básica foi mais ou menos a seguinte: 3 pessoas mongas e sem medo de ser feliz (ou queimar a cara) + álcool (leia-se muito álcool) + sintonia + músicas ruins + paisagens paradisíacas. E foi isso... as pérolas, canções e situações que relato a seguir estão na versão softcore, afinal esse é um blog de respeito né minha gente?! Mas não se preocupem que a história - em versão integral e sem cortes - será material da minha biografia oficial.

- Eu vou perder meu avião. Venha já aqui!
Essa frase virou o bordão da turma durante a viagem toda. O babado foi o seguinte: chegamos no aeroporto de Guarulhos e um louco estava berrando ao telefone: "EU VOU PERDER MEU AVIÃO. VENHA JÁ AQUI." Um pouco depois cruzamos com o distinto cavalheiro e ele fez um sinal para meu estimado colega. Nessa hora ficamos com um pouco de medo na verdade, pois o homem tinha uma cara de psicopata.

- Toda trabalhada na (...).

Expressão que também foi insistentemente repetida para os mais diversos assuntos, como por exemplo, toda trabalhada na cachaça, toda trabalhada no douradê ou ainda toda trabalhada no bronzeado.

- Só que não.
Essa sentença é particularmente a minha favorita devido ao alto teor de sarcasmo incluído no conteúdo das frases utilizadas pelo grupo. Tipo, "olha que bonito o colar daquela moça. Só que não.”

- Alegria si, si, si. La tristeza no, no, no.
Música que foi o hino de nossas férias, com direito a coreografia e tudo. Chegando no Brasil, descobri que a canção é tema da rede de hotéis RIU e os animadores (sim, existem animadores no hotel) cantam, dançam e fazem a mesma coreô em todos os estabelecimentos da rede.

- Chichén Itzá.
Uma das novas sete maravilhas do mundo que virou uma expressão totalmente desconexa e que era repetida a cada 5 minutos nas mais variadas entonações. Inclusive no ritmo da música In the Navy.

- I'm Sexy and I Know It.
Outra música tema da viagem que era cantada a plenos pulmões pelo menos 50x ao dia. Com direito a coreografia e tudo, obviamente. Quem viu, viu, quem não viu perdeu nossa maravilhosa dança no barco a caminho da Isla de Las Mujeres. Só espero que não tenha caído nenhum vídeo no You Tube...

- Depois de nove meses você vê o resultado.
Frase de nosso querido Cumpádi Washington utilizada em qualquer contexto. Como, por exemplo: "gente, vou ali tomar banho. Depois de nove meses você vê o resultado.”

- Favelizando.
Como bons brasileiros que somos quebramos tudo lá em Cancún (não literalmente) e tocamos o terror. Daí a expressão "favelizando em Cancún." Não é a toa que no Lollapalooza ouvimos uma moça comentando "nossa, que pessoal animado esse aí na frente." Acho que no fundo ela pensou: "que bando de retardados." Mas enfim... a gente passa vergonha mas se diverte.

- Gaiteira ou sirigaita.
Para quem não sabe, gaiteira é a mulher que curte uma night. Aprendemos isso fazendo palavras cruzadas no avião. Logicamente que tudo era motivo para chamar alguma mulher de gaiteira ou sirigaita. Também inventamos a palavra sirigaiteira, que denota ainda mais desprezo pelas piriguetes.

- Barbra Streisand.
Outra linda canção que ganhou nossos corações e despertava a mais variada gama de emoções quando a escutávamos, o que acontecia pelo menos 37x ao dia.

- Tererê.
Aparentemente tererê e trança raiz são a última tendência em Cancún. Onde olhávamos tinha alguma sirigaita toda trabalhada no tererê. HÁ! Outra coisa muito comum também eram americanos com tons de pele alaranjados. Um arraso!

A verdade é que esses dias fora me fizeram perceber porque gosto tanto de viajar: primeiro porque é sempre interessante fugir da rotina. Segundo porque os problemas ficam a km de distância e não há como resolvê-los, portanto, não há com o que se preocupar. Nem preciso dizer que quando cheguei no Brasil entrei em profunda depressão. Mas fazer o que né? Todo carnaval tem seu fim.

P.S. 01 All Inclusive: palavrinhas mais lindas que eu te amo.
P.S. 02 É tão bom estar de volta, só que não...

Tuesday, April 03, 2012

It is not meant to be

Domingo, na volta do aeroporto para casa, aconteceu um episódio que me fez lembrar de uma frase que meu massoterapeuta disse uma vez: “Pode ser sorte, pode ser azar...”. Também lembrei dele porque minhas costas pediam urgentemente por uma massagem, mas isso não vem ao caso.
A história que ele me contou e que envolve esse lance de sinais e suas interpretações eu não me recordo, mas a conclusão era que tudo depende de qual prisma escolhemos enxergar um acontecimento ou situação. Enfim...
O que se sucedeu foi o seguinte: quando meu pai passou reto numa lombada, um souvenir que eu trouxe da minha viagem ao Caribe – especialmente para uma pessoa  se espatifou. Nem vou mentir que não fiquei desgraçada da cabeça com o meu pai na hora, porém consegui disfarçar muito bem. Dentre todas as tranqueiras quebráveis que eu trouxe SÓ aquela porra quebrou, e isso me deixou puta porque eu fiquei a viagem inteira imaginando o que eu levaria para esse ser. Ou seja: o regalo me exigiu muito esforço, carinho e imaginação.
Mas, porém, contudo, entretanto, todavia, no momento em que conversei com a pessoa a qual era destinado o souvenir, percebi que eu não deveria ter me incomodado em trazer nem um alfinete de procedência mexicana para ela, pois ela não dava a mínima para mim nem para os meus presentes cuidadosamente escolhidos. Sim, presentes no plural. Mas o outro objeto eu resolvi pegar para mim. Quem mandou ser mané. RAM! Se bem que, sempre esteve claro que a criatura em questão estava cagando e andando para essa que vos escreve, só que eu resolvi viajar na maionese, então ponto para mim. Fuéin, fuéin, fuéeeeein!
O fato é que no final das contas eu deveria ter agradecido ao meu pai por ter quebrado o regalo, afinal foi a única forma de me fazer perceber que era hora de largar os béts e parar de dar murro em ponta de faca.
Mas voltando a lição edificante do início do post, cabe a nós decidir se o que nos acontece é sorte ou azar, e eu como uma eterna pessimista/fatalista/descrente na humanidade, sempre me concentrei no lado negativo, entretanto, ver o lado positivo das coisas e ter um pouco de otimismo (realista, obviamente) cai bem às vezes, não? Preciso trabalhar nisso...

Saturday, February 04, 2012

Heaven knows I'm miserable now

A minha vida inteira fui uma manteiga derretida, do tipo que chorava em filmes, seriados e comerciais. Também já chorei em situações mais absurdas, tipo vendo futebol, porque perdi um episódio de Dragon Ball Z ou porque não consegui fazer a banda larga funcionar. É óbvio que também já me descabelei de chorar por ter tomado um pé na bunda ou ter sofrido alguma decepção amorosa. Mas acontece que muita água rolou entre esse passado cheio de sensibilidade e o presente repleto de amargura, e essa semana me peguei pensando o seguinte: "que tipo de pessoa sai de um relacionamento e deixa para chorar 2 meses depois?" 
Sinceramente, não sei exatamente em que ponto da minha vida passei a ser emocionalmente inválida. Mas sei que sábado passado aconteceu algo peculiar: comecei a ver "Amigos com Benefícios" (que eu já havia assistido - e achado uma porcaria) e nunca mais consegui parar de chorar. Sério, Segunda, por exemplo, chorei na parte da tarde lendo um e-mail antigo e a noite veio outra onda de lágrimas porque entrei numa crise existencial. Terça porque fiz descobertas irreversíveis a respeito dos meus relacionamentos amorosos fracassados. Quarta porque subitamente me dei conta que não tenho ideia do que fazer com a porra da minha vida no que diz respeito a minha carreira. Quinta-feira o drama foi porque eu sou teimosa e não consigo admitir que talvez (eu disse talvez) eu possa estar errada às vezes. Ontem, bem ontem eu não chorei, mas estive à beira de um ataque de nervos, por motivos que não cabem aqui explicar. Mas foi suficientemente intenso também, como o os dias anteriores. 
E a ironia disso tudo isso é que enquanto escrevo esse texto, o shuffle do iTunes resolveu tocar "Heaven Knows I'm Miserable Now", ou seja, parece que o universo conspira para que eu seque minha fonte de lágrimas, só que infelizmente acho que isso ainda vai longe, pois devo ter lágrimas acumuladas de uns 2 anos atrás. 
Acho que na realidade o que eu preciso é desligar um pouco o cérebro porque não está me fazendo bem colocar minha vida em retrospecto... Concluí que já que não é a TPM a culpada por esse monte de sentimentos de merda, deve ser o famigerado inferno astral testando meus nervos. E se for isso mesmo (até porque no momento não tenho outra ideia do que possa ser), daqui uma semana acaba. Amém. 

Monday, January 16, 2012

Oba, lá vem ela

"Não me importo que ela não me olhe, não diga nada e nem saiba que eu existo, quem eu sou, pois eu sei muito bem quem é ela e fico contente só em ver ela passar." Essa semana eu conheci o amor da minha vida. O único problema é que ela não mora na minha cidade, é heterossexual e tem namorado de longa data. Ah, e provavelmente eu nunca mais a veja na minha vida. Tirando esses pequenos detalhes, ela está na minha. Tá, ok. Ela provavelmente nunca ficaria comigo, mas enfim... Quem aí nunca teve um amorzinho platônico que atire a primeira pedra!
O bom do amor platônico é que ele sempre dá certo. Amor platônico não machuca e não faz mal a ninguém. Não cria expectativa ou ilude. Não mente ou trai. Ele nunca dá errado porque geralmente não se concretiza, então como fica somente no campo conceitual tudo é um mar de rosas. É fácil imaginar diálogos perfeitos com o seu amor falando tudo que você sempre sonhou em ouvir, afinal você é o roteirista dessa história e nada como você mesma para saber exatamente as palavras que te fariam balançar.
Mas claro que com o advento das redes sociais é fácil stalkear e saber detalhes da vida da pessoa. Tipo, o que ela gosta de ouvir, que filmes curte, quem são os melhores amigos dela, quais locais freqüenta, etc. E as lacunas que você não consegue preencher você inventa. Simples. Você molda os gostos da pessoa ao seu bel-prazer. Você jamais vai imaginar que ela tem chulé ou aquela irmã mala, por exemplo... 
No caso da referida moça acima que não possui Facebook e afins o poder de imaginação pode ir mais longe, até porque eu não conversei o suficiente com ela para colher informações úteis. Não sei, por exemplo, o que ela faz da vida, além de ser maravilhosamente linda. Mas sei que nosso casamento será em Berlin. Aquelas loucas... 
É bom inventar um amor para fugir um pouco da realidade que anda meio entendiante, pelo menos no setor amoroso. Óbvio que não resolve nada, mas pior do que está não fica. Amores platônicos não têm final feliz exatamente pelo fato de não terem um final. E é bom que algo não dê errado para variar, mesmo que no frigir dos ovos nunca tenha acontecido pra valer... 

Tuesday, January 10, 2012

It gets the worst at night

Depois de ter uma overdose de cigarros nas festas de fim de ano, tive uma epifania antes de ir trabalhar, e finalmente decidi: vou parar com essa merda! “Vou cuidar da carcaça” como diz uma amiga minha. Eis que revelo aqui os 7 primeiros dias da minha saga contra o tabagismo! 


Dia 01
Fumei meu último cigarro por volta das 08:45 e o dia transcorreu sem grandes desafios, pois a ressaca de cigarro do ano novo ainda dava as caras. Porém, quando a noite chegou foi bem difícil resistir à vontade de dar uma tragadinha. Então fiz um tererê na tentativa de começar a enraizar um novo hábito na minha vida que não envolvesse Marlboro. Não deu muito certo, aí usei o bate-papo do Facebook como recurso para me distrair. O que também falhou, porque eu continuava pensando incessantemente sobre cigarros. Decidi então chutar o balde e abrir uma cerveja e testar minha força de vontade. Também fui procurar informações a respeito do assunto para ler sobre todos os malefícios do tabaco e realmente me convencer que tomei a decisão certa. Depois disso concluí que o melhor era tentar dormir e esquecer desse vício que assola minha vida. 
1ª prova de fogo: tomei 3 cervejas sem fumar. 


Dia 02
Acordei com dor de cabeça, tontura e logo percebi que meu humor estava péssimo. No trânsito levei uma fechada e já tive um ímpeto de gritar com o motorista e extravasar meu ódio. A vontade de esfaquear alguém persistiu ao longo do dia e foi minguando depois que encontrei duas amigas e ficamos batendo papo por horas. Ao voltar para casa tive o desejo de acender um cigarro no carro, mas segurei a onda. Minha noite de sono foi péssima e acordei umas 28x durante a noite. 
2ª prova de fogo: estar no mesmo ambiente que outro fumante e abster-se de fumar. 


Dia 03
Como dormi mal, acordei com o humor ainda pior que o dia anterior e a dor de cabeça ainda não havia me dado trégua. Juro que durante a tarde até eu queria dar um tempo de mim mesma porque já não estava agüentando mais tanto azedume. A noite foi bem tranqüila no sentido de ter vontade de fumar, pois passei 3h dentro do shopping procurando por uma calça jeans que me caísse bem. Percebi que distrair a cabeça é o canal para esquecer dessa vontade louca de fumar que vai e vem. Ao chegar em casa arranjei outra distração: minha mais nova aquisição - uma câmera fotográfica super legaus. Fiquei brincando com ela por 2h e fui dormir. Felizmente minha noite de sono foi ótima. Acordei só uma vez na calada da noite para fazer xixi. Fato aceitável, porque eu tomei duas cervejas antes de dormir...
3ª prova de fogo: conviver comigo mesma sem fumar. 


Dia 04
Já aceitei que a dor de cabeça será minha companheira pelos próximos dias. Mas o fato de ser sexta-feira amenizou um pouco minha hostilidade. Só um pouco. Felizmente o dia passou rapidamente e sem muitas surpresas. Quando cheguei em casa resolvi acender um incenso e ler um pouco para relaxar. Até que foi interessante a experiência, fora o fato do incenso ter potencializado minha dor de cabeça. Concluí que vou ter que arranjar outra forma de desestressar. Resolvi então ver um filminho para distrair a mente. Funcionou, pois nem pensei muito em cigarro. Fui dormir depois da meia noite e capotei. 
4ª prova de fogo: chegar em casa depois de uma semana cansativa, abrir uma cerveja e não fumar um cigarrinho. 


Dia 05
Acordei por volta das 09:30 com o maldito vizinho que mora no apartamento de baixo cantando. Toda sexta-feira à noite, sábado e domingo de manhã ele coloca o mesmo CD e começa a cantar mais alto que a música. Minha vontade é sempre descer e matá-lo à machadadas. Mas ok, a vida em comunidade tem seus percalços, já aceitei isso. Depois de ficar praguejando e desejando que algo de ruim acontecesse com ele, consegui pegar no sono novamente e cochilei mais um pouco. Acordei  um pouco mais bem humorada, mas a dor de cabeça, óbvio, não me abandonou. E graças a isso comecei a me injuriar. Resolvi então sair de casa para espairecer e deu certo. Fiquei horas jogando conversa fora numa praça e depois fui para um churrasco. Na verdade, ir nesse churrasco foi uma verdadeira provação, pois a maior parte dos meus amigos são fumantes. Então enquanto eles estavam lá com seus drinks e cigarrinhos acesos eu ficava pensando: "por que eu parei de fumar mesmo?" Mesmo não encontrando respostas muito satisfatórias na hora eu não cedi a vontade de fumar e fui para casa bem orgulhosa da minha postura firme. 
5ª prova de fogo: ficar rodeada de amigos fumantes e abster-se de fumar. 


Dia 06
Acordei quase meio-dia, fui almoçar e depois uma amiga veio na minha casa. Tomamos tererê, conversamos, vimos filme e assim a tarde passou rapidamente sem transtornos. De longe, foi o dia mais tranqüilo com relação aos desejos de fumar. O problema foi quando bateu aquela famosa bad trip de domingo à noite. A vontade de acender um cigarro foi automática. Felizmente estava munida de um arsenal anti-tédio pesadíssimo no meu pc. Então o que fiz foi canalizar meus pensamentos para Desperate Housewives. Resolveu. Acho que ainda não posso voltar a ver Mad Men, porque a galera abusa do cigarro e biritas nesse seriado. 
6ª prova de fogo: enfrentar a bad de domingo sem fumar um cigas. 


Dia 07
Não é a toa que na segunda-feira as taxas de suicídio são maiores se comparadas com as dos outros dias da semana. Puta que pariu... como é difícil sair da cama na segunda. Mas ok. O dia correu melhor do que eu previa e passou sem demora. Pela primeira vez em dias, meu humor não estava um cu. Não vou exagerar dizendo que estava bem humorada, mas pelo menos não estava a ponto de matar alguém. Quando cheguei em casa caí na besteira de assistir um filme iraniano. Chato pra caralho. O que salvou a noite foi um episódio de Mad Men onde eles devem ter fumado uns 57 cigarros e me fizeram morrer de inveja, mas tudo bem. Sei que mais dia, menos dia não vou ligar mais para essas coisas. Ou assim eu espero que seja...
7ª prova de fogo: assistir um filme ruim de doer sem pausa para o cigarro e depois um episódio de Mad Men. 


Ufa, 7 dias, 168 horas, 10.080 segundos. Uma semana sem fumar! Espero que esses 7 dias se tornem 70 e que os 70, tornem-se 700. O caminho a percorrer é longo, eu sei, mas não falta força de vontade. Aliás, por mais clichê que seja dizer, vontade é algo que dá e passa (isso se aplica a tudo na vida, desde não ceder àquela fatia generosa de bolo de chocolate até evitar mandar um SMS para alguém indevido). Enfim, boa sorte para mim e não, eu não vou tentar um método que um amigo ensinou: “toda vez que sentir vontade de fumar tome um rabo de galo”. Meu fígado agradece. 

Thursday, January 05, 2012

Amor Bandido - 2011

Na temporada 2011 do reality show, tudo parecia estar se encaminhando na vida da protagonista, e estava mesmo... se encaminhando para o buraco. Tinha-se a nítida impressão que nossa heroína iria casar, comprar lindos cachorrinhos e ser feliz para sempre ao lado de sua amada, mas não. Aos poucos os roteiristas do show foram deixando o enredo mais denso e inserindo situações de conflito na vida a dois da estrela da trama. As brigas que antes eram inexistentes, começaram a se tornar cada vez mais freqüentes e nem o episódio de Carnaval que foi gravado nas locações em Florianópolis foi suficiente para apaziguar os ânimos do casal que andavam bem exaltados. 
A partir daí, foi ladeira abaixo e assim, numa bela tarde de junho a mocinha que nós amamos odiar levou um pé na bunda e foi para casa chorar até desidratar. A audiência, como era de se esperar foi uma das maiores registradas no programa. Entretranto, logo depois desse episódio, a produção do show começou a receber cartas indignadas dos fãs solicitando a volta  do par romântico da protagonista. Pedido que foi atendido e aumentou ainda mais a carga emocional da trama. A ex, que ganhou a simpatia de todos, acabou reaparecendo mais 4x nos meses subseqüentes para reatar o namoro e acabar  de vez com o pouco de sanidade mental que a pobre estrela do programa tentava desesperadamente manter. 
O que se viu a partir daí foi um redemoinho de caos, incerteza e comportamentos auto-destrutivos, com direito a crises de choro, situações dramáticas, noites em claro, álcool, cinzeiros transbordando e surtos psicóticos. 
Nesse ínterim, novos personagens começaram a aparecer no show e uma nova locação também foi adotada em Curitiba para filmar as cenas noturnas: o Vox Bar. Claro que o tradicional James Bar também foi palco de vários episódios. Só que infelizmente, nenhum deles conseguiu empolgar muito o público. Exceto pelo programa em que a protagonista encontrou um grande amor do passado. Aquele que fodeu a vida  da coitada e tornou-a um ser de coração peludo. Lembram da primeira temporada de Amor Bandido?  
Um dos melhores shows aconteceu no litoral paranaense em outubro e teve direito a banhos de piscina, corpos nus na praia e diversas situações nonsense. Segundo a crítica, o episódio teve o casamento perfeito entre roteiro inspirado, direção imponente e interpretações consistentes. Além disso, demonstrou ter um texto ágil, atual, com personagens heterogêneos e peculiarmente hilários. Outros dois programas que também cativaram bastante o público foram gravados nas locações no Rio de Janeiro e foram um marco para a trama, pois começaram a traçar uma nova faceta da protagonista: um lado mais humanizado e consciente, nunca antes apresentado pela mesma. Segundo o co-criador do reality show, a moça ficou muito desacorçoada com o fim de seu relacionamento e começou a rever vários de seus conceitos sobre si mesma e sobre como se comportava em suas relações amorosas. "O fato é que ela finalmente percebeu que seguia certos padrões de comportamento no campo sentimental e que ela precisava abandoná-los. Ela decidiu que quer dar novos rumos para a sua vida e fazer uma revolução pessoal."
A season finale do programa, que foi gravada na ilha de Superagui no litoral paranaense e foi ao ar dia 31, "teve muita tensão e discódia nos sets", revelou uma fonte ligada ao show. Para quem esperava um programs recheado de oba-oba, agito e descontração o último episódio pode ter sido um banho de água fria, pois a protagonista estava com o seu emocional a uns 5000 metros abaixo do nível do mar. Viu-se muitas situações esdrúxulas e a mocinha da trama sentindo a mais variada gama de emoções que é possível sentir em apenas um final de semana. O que acabou culminando inclusive numa virada de ano catártica. Enquanto fogos estouravam no céu e o elenco convidado esbanjava alegria, a moça se afogava num mar de lágrimas. Nem uma garrafa de whiskey e a participação do gringo que acabou virando o novo melhor amigo de infância da protagonista conseguiu deixá-la menos infeliz. 
A próxima temporada recebeu um novo trailer recheado de momentos inéditos e entrevistas com os atores e produtores. São ao todo 07 minutos de novidades para conferir. Inclusive cenas nas locações no Caribe onde a protagonista planeja passar suas férias, no festival Lollapalooza em São Paulo e até na antiga faculdade da estrela da trama. Aguarde por mais notícias e não perca a próxima temporada de “Amor bandido”, o único reality show/novela mexicana sem final feliz e transmitido 24 horas por dia.

Wednesday, January 04, 2012

Amor Bandido - 2010

Chegou ao final a temporada 2011 do seu reality show/novela mexicana favorito “Amor bandido”. Mas antes de falar sobre a season finale que foi gravada num clima totalmente roots e foi ao ar dia 31, vamos a uma rápida retrospectiva do que aconteceu no show em 2010.
De acordo com a crítica, 2010 foi de longe, a temporada mais romântica e alegre do programa. Para quem estava acostumado com uma protagonista sempre azeda e reclamando da vida, aconteceu uma surpresa: ela passou a sorrir praticamente em todos os episódios, dando a impressão que toda noite dormia com um cabide na boca. Claro que todo esse bom humor teve um bom motivo - aliás, vários motivos. Nossa heroína arranjou um estágio que depois se tornou emprego, entregou seu TCC, iniciou um romance, se formou, ganhou um prêmio e além disso, ganhou um carro. 
Os pontos altos do show foram as cenas de sexo, que registraram  indíces de audiência altíssimos. A trilha sonora que manteve o elevado nível de qualidade e trouxe bandas como Passion Pit, Best Coast, Fever Ray e Broken Social Scene. O figurino que mais uma vez surpreendeu os espectadores. Entretanto, sem dúvida o ápice de 2010 foi o episódio do Festival Planeta Terra gravado na locação em São Paulo. Foi um programa lindo, emocionante e inesquecível segundo o público. 
Infelizmente, depois desse episódio não aconteceu nada de muito interessante e o programa virou um daqueles filmes melosos da Meg Ryan. Mas tudo bem, a estrela do show merecia ser um pouquinho feliz e encontrar a paz espiritual ao lado de seu novo par romântico. 
A locação escolhida para gravar a season finale de 2010 foi Curitiba e o episódio não apresentou nenhuma grande emoção ou fato chocante, o que deixou os fãs do show um pouco decepcionados e preocupados com os rumos que o programa tomaria em 2011.