Domingo, na volta do aeroporto para casa, aconteceu um episódio que me fez lembrar de uma frase que meu massoterapeuta disse uma vez: “Pode ser sorte, pode ser azar...”. Também lembrei dele porque minhas costas pediam urgentemente por uma massagem, mas isso não vem ao caso.
A história que ele me contou e que envolve esse lance de sinais e suas interpretações eu não me recordo, mas a conclusão era que tudo depende de qual prisma escolhemos enxergar um acontecimento ou situação. Enfim...
O que se sucedeu foi o seguinte: quando meu pai passou reto numa lombada, um souvenir que eu trouxe da minha viagem ao Caribe – especialmente para uma pessoa – se espatifou. Nem vou mentir que não fiquei desgraçada da cabeça com o meu pai na hora, porém consegui disfarçar muito bem. Dentre todas as tranqueiras quebráveis que eu trouxe SÓ aquela porra quebrou, e isso me deixou puta porque eu fiquei a viagem inteira imaginando o que eu levaria para esse ser. Ou seja: o regalo me exigiu muito esforço, carinho e imaginação.
Mas, porém, contudo, entretanto, todavia, no momento em que conversei com a pessoa a qual era destinado o souvenir, percebi que eu não deveria ter me incomodado em trazer nem um alfinete de procedência mexicana para ela, pois ela não dava a mínima para mim nem para os meus presentes cuidadosamente escolhidos. Sim, presentes no plural. Mas o outro objeto eu resolvi pegar para mim. Quem mandou ser mané. RAM! Se bem que, sempre esteve claro que a criatura em questão estava cagando e andando para essa que vos escreve, só que eu resolvi viajar na maionese, então ponto para mim. Fuéin, fuéin, fuéeeeein!
O fato é que no final das contas eu deveria ter agradecido ao meu pai por ter quebrado o regalo, afinal foi a única forma de me fazer perceber que era hora de largar os béts e parar de dar murro em ponta de faca.
Mas voltando a lição edificante do início do post, cabe a nós decidir se o que nos acontece é sorte ou azar, e eu como uma eterna pessimista/fatalista/descrente na humanidade, sempre me concentrei no lado negativo, entretanto, ver o lado positivo das coisas e ter um pouco de otimismo (realista, obviamente) cai bem às vezes, não? Preciso trabalhar nisso...