Tuesday, April 03, 2012

It is not meant to be

Domingo, na volta do aeroporto para casa, aconteceu um episódio que me fez lembrar de uma frase que meu massoterapeuta disse uma vez: “Pode ser sorte, pode ser azar...”. Também lembrei dele porque minhas costas pediam urgentemente por uma massagem, mas isso não vem ao caso.
A história que ele me contou e que envolve esse lance de sinais e suas interpretações eu não me recordo, mas a conclusão era que tudo depende de qual prisma escolhemos enxergar um acontecimento ou situação. Enfim...
O que se sucedeu foi o seguinte: quando meu pai passou reto numa lombada, um souvenir que eu trouxe da minha viagem ao Caribe – especialmente para uma pessoa  se espatifou. Nem vou mentir que não fiquei desgraçada da cabeça com o meu pai na hora, porém consegui disfarçar muito bem. Dentre todas as tranqueiras quebráveis que eu trouxe SÓ aquela porra quebrou, e isso me deixou puta porque eu fiquei a viagem inteira imaginando o que eu levaria para esse ser. Ou seja: o regalo me exigiu muito esforço, carinho e imaginação.
Mas, porém, contudo, entretanto, todavia, no momento em que conversei com a pessoa a qual era destinado o souvenir, percebi que eu não deveria ter me incomodado em trazer nem um alfinete de procedência mexicana para ela, pois ela não dava a mínima para mim nem para os meus presentes cuidadosamente escolhidos. Sim, presentes no plural. Mas o outro objeto eu resolvi pegar para mim. Quem mandou ser mané. RAM! Se bem que, sempre esteve claro que a criatura em questão estava cagando e andando para essa que vos escreve, só que eu resolvi viajar na maionese, então ponto para mim. Fuéin, fuéin, fuéeeeein!
O fato é que no final das contas eu deveria ter agradecido ao meu pai por ter quebrado o regalo, afinal foi a única forma de me fazer perceber que era hora de largar os béts e parar de dar murro em ponta de faca.
Mas voltando a lição edificante do início do post, cabe a nós decidir se o que nos acontece é sorte ou azar, e eu como uma eterna pessimista/fatalista/descrente na humanidade, sempre me concentrei no lado negativo, entretanto, ver o lado positivo das coisas e ter um pouco de otimismo (realista, obviamente) cai bem às vezes, não? Preciso trabalhar nisso...