Monday, April 16, 2012

What happens in Mexico, stays in Mexico

Não sei explicar exatamente o que aconteceu na viagem para o Caribe, mas a fórmula básica foi mais ou menos a seguinte: 3 pessoas mongas e sem medo de ser feliz (ou queimar a cara) + álcool (leia-se muito álcool) + sintonia + músicas ruins + paisagens paradisíacas. E foi isso... as pérolas, canções e situações que relato a seguir estão na versão softcore, afinal esse é um blog de respeito né minha gente?! Mas não se preocupem que a história - em versão integral e sem cortes - será material da minha biografia oficial.

- Eu vou perder meu avião. Venha já aqui!
Essa frase virou o bordão da turma durante a viagem toda. O babado foi o seguinte: chegamos no aeroporto de Guarulhos e um louco estava berrando ao telefone: "EU VOU PERDER MEU AVIÃO. VENHA JÁ AQUI." Um pouco depois cruzamos com o distinto cavalheiro e ele fez um sinal para meu estimado colega. Nessa hora ficamos com um pouco de medo na verdade, pois o homem tinha uma cara de psicopata.

- Toda trabalhada na (...).

Expressão que também foi insistentemente repetida para os mais diversos assuntos, como por exemplo, toda trabalhada na cachaça, toda trabalhada no douradê ou ainda toda trabalhada no bronzeado.

- Só que não.
Essa sentença é particularmente a minha favorita devido ao alto teor de sarcasmo incluído no conteúdo das frases utilizadas pelo grupo. Tipo, "olha que bonito o colar daquela moça. Só que não.”

- Alegria si, si, si. La tristeza no, no, no.
Música que foi o hino de nossas férias, com direito a coreografia e tudo. Chegando no Brasil, descobri que a canção é tema da rede de hotéis RIU e os animadores (sim, existem animadores no hotel) cantam, dançam e fazem a mesma coreô em todos os estabelecimentos da rede.

- Chichén Itzá.
Uma das novas sete maravilhas do mundo que virou uma expressão totalmente desconexa e que era repetida a cada 5 minutos nas mais variadas entonações. Inclusive no ritmo da música In the Navy.

- I'm Sexy and I Know It.
Outra música tema da viagem que era cantada a plenos pulmões pelo menos 50x ao dia. Com direito a coreografia e tudo, obviamente. Quem viu, viu, quem não viu perdeu nossa maravilhosa dança no barco a caminho da Isla de Las Mujeres. Só espero que não tenha caído nenhum vídeo no You Tube...

- Depois de nove meses você vê o resultado.
Frase de nosso querido Cumpádi Washington utilizada em qualquer contexto. Como, por exemplo: "gente, vou ali tomar banho. Depois de nove meses você vê o resultado.”

- Favelizando.
Como bons brasileiros que somos quebramos tudo lá em Cancún (não literalmente) e tocamos o terror. Daí a expressão "favelizando em Cancún." Não é a toa que no Lollapalooza ouvimos uma moça comentando "nossa, que pessoal animado esse aí na frente." Acho que no fundo ela pensou: "que bando de retardados." Mas enfim... a gente passa vergonha mas se diverte.

- Gaiteira ou sirigaita.
Para quem não sabe, gaiteira é a mulher que curte uma night. Aprendemos isso fazendo palavras cruzadas no avião. Logicamente que tudo era motivo para chamar alguma mulher de gaiteira ou sirigaita. Também inventamos a palavra sirigaiteira, que denota ainda mais desprezo pelas piriguetes.

- Barbra Streisand.
Outra linda canção que ganhou nossos corações e despertava a mais variada gama de emoções quando a escutávamos, o que acontecia pelo menos 37x ao dia.

- Tererê.
Aparentemente tererê e trança raiz são a última tendência em Cancún. Onde olhávamos tinha alguma sirigaita toda trabalhada no tererê. HÁ! Outra coisa muito comum também eram americanos com tons de pele alaranjados. Um arraso!

A verdade é que esses dias fora me fizeram perceber porque gosto tanto de viajar: primeiro porque é sempre interessante fugir da rotina. Segundo porque os problemas ficam a km de distância e não há como resolvê-los, portanto, não há com o que se preocupar. Nem preciso dizer que quando cheguei no Brasil entrei em profunda depressão. Mas fazer o que né? Todo carnaval tem seu fim.

P.S. 01 All Inclusive: palavrinhas mais lindas que eu te amo.
P.S. 02 É tão bom estar de volta, só que não...