Saturday, November 03, 2007

Trastes S.A.

Certa noite na faculdade encontrei uma amiga que não via há tempos e ela me perguntou:
- E aí Bruna, continua enrolada?
Antes mesmo de pensar em alguma resposta, uma outra amiga que estava junto respondeu por mim:
- Ih, a Bruna conseguiu encontrar alguém mais falcatrua que ela!
Eu apenas ri e concordei, mas depois pensando mais a respeito do assunto cheguei a conclusão que as pessoas deveriam vir com etiquetinhas de alerta do tipo: “Olha, sou psicopata, ciumenta(o) e meio instável, cuidado!” Facilitaria tanto a vida e evitaria taaaantas decepções. Se bem que eu tenho medo do que poderia vir escrito na minha etiqueta. Hê. Então melhor deixar pra lá a idéia...

Friday, October 19, 2007

Nada demais

Eu adoro o horário de verão. Por que? Porque quando eu chego na faculdade ainda é dia. E daí? E daí que eu gosto e pronto, ué! Se não fosse pelo horário de verão eu não teria visto um arco-íris quando cheguei pra assistir aula na terça. Na verdade achei que fosse uma alucinação porque quando fui mostrá-lo pras pessoas ele já não estava mais lá. Mas o problema é que eu estava apontando pro lugar errado. Sei lá. Me deu uma certa alegria contemplar tal fenômeno da natureza. Por um breve momento esqueci que eu estava com preguiça de assistir aula e que meus pés estavam encharcados por causa da chuva que me pegou de surpresa. Eu odeio o clima de Curitiba. Nunca dá pra saber que roupa usar pra sair de casa. Porém uma coisa eu aprendi: Guarda-chuva é acessório indispensável. Mas continuando o tema “coisas que eu adoro” ontem eu estava no ponto de ônibus ouvindo música e pensando como eu adoro a comida da minha avó e como eu senti falta disso nesse mês que ela precisou se ausentar. Eu estava pensando nisso até que fui interrompida em meus devaneios por um menino surgido do além que disse: “Acabei de sair do médico. Tô com muita dor de cabeça”. Eu displicente respondi: “Que chato”. E ele: “Agora eu tô com mais ou menos dor de cabeça”. E eu pensei: “Tá, quem perguntou? Eu realmente não quero saber dos teus problemas mocinho, porque eu já tenho os meus pra me preocupar.” Mas pra não ser tão estúpida apenas respondi: “Acontece”. Pessoas são estranhas. O que ele queria que eu fizesse? Ficasse comovida com seu drama pessoal e fosse na farmácia comprar analgésicos pra ele? Ah tenha dó... Será que se eu reclamasse que meu all-star está com um rombo no calcanhar ele ficaria triste por mim? É, acho que não... Além de pessoas sem assunto, outra coisa que eu odeio são chaves e fechaduras. Ou melhor, elas me odeiam. Tenho uma dificuldade bem séria pra abrir portas e portões. De duas uma: Ou é macumba ou eu devo ser persona non grata em todos os lugares que tento entrar, incluindo minha casa. Meu sonho é um dia poder me reconciliar com as chaves e fechaduras do mundo e poder entrar livremente nos lugares sem encontrar empecilhos. Mas tá, chega de conversa fiada. Eu fiquei enrolando esse tempo todo só pra dizer uma coisa: Estou com saudades.

Monday, October 15, 2007

Sunday, bloody sunday

Eu odeio domingos. Sério mesmo. Com todas as forças do meu coração! Domingo geralmente não tem nada de interessante pra fazer e como não tem nada de interessante pra fazer você começa a pensar e se você pensa demais é óbvio que não vai resultar em algo bom. Aí bate aquela bad sinistra mesmo. Normal. Mas antes que isso aconteça você sai de casa. Sinuca no domingo sempre vai bem, certo? Teoricamente sim.
Tá tudo correndo bem até que entre um gole e outro de um vinho ruim pra burro você resolve abrir seu coração e conta suas últimas façanhas no mundo da falcatruagem. Óbvio que você é advertida pelo seu comportamento inconseqüente porque as amigas, aquelas de verdade mesmo, metem o pau em você sem dó nem piedade. Dói, mas críticas construtivas sempre são bem vindas. Posto que cheguei a uma conclusão: Se não quer realmente saber o que os outros pensam, não se atreva a perguntar se não estiver preparada psicologicamente pra ouvir a resposta. Mas enfim...
Naquele dia chegando em casa pensei: Finalmente acabou essa merda de dia! Pff... Doce ilusão. Quando deitei minha cabecinha no travesseiro esperando por lindos sonhos fui acometida por uma estranha sensação. Algo que já não se manifestava com essa intensidade no meu ser há algum tempo. Alguns costumam chamar isso de loucura. Eu chamo de amor. Então tive de fazer algo para acabar com essa agonia. Peguei meu caderninho e desatei a escrever. Depois de encher várias linhas com frases de efeito e apelar para alguns clichês, hipérboles e romantismo barato, finalmente consegui pegar no sono alimentando no peito um sentimento que segunda-feira seria o dia de fazer mudanças significativas na minha vida. Mas logo que acordei aquela idéia de transformação pessoal, tomada de decisões e todo esse blá blá blá foi pro lixo, junto com o monte de baboseira que escrevi durante a madrugada. Bem que meu horóscopo tinha dito pra eu não criar esperanças sobre alguma coisa. Que saco!
Engraçado que nesses momentos de arrependimento sempre me vem à cabeça a música “Look what happened” do Less Than Jake: “And I swear it's the last time and I swear it's my last try.” Eu já devo ter dito pra mim mesma que seria a última vez umas 73 vezes, mas acaba que eu sempre penso: Ah, só mais uma vez não vai fazer mal, e tá feita a merda (de novo). Mas tudo bem. Dessa vez não houve maiores problemas. Há males que vem pra bem. O que me fez chegar a minha 2ª conclusão: Não queira ter discussões sobre relacionamentos inexistentes. Porque quem procura acha. Acha problema. E é por essas e outras que odeio domingos. Se bem que as segundas não ficam muito atrás...

Sunday, September 23, 2007

Perdas e ganhos

Eu perdi as horas. Perdi meus fones de ouvido. Perdi o cadarço do meu tênis. Perdi o ônibus. Perdi minha camiseta favorita. Perdi o juízo. Perdi 11 reais. Perdi meu isqueiro. Perdi o sono. Perdi minhas chaves. Perdi a aula. Perdi a fome. Perdi meu anel. Perdi tempo. Perdi a rosca do meu alargador. Perdi a certeza. Perdi alguns amigos. Perdi o carregador do meu celular. Perdi o fio da meada. Perdi algumas apostas. Perdi a paciência. Perdi as esperanças. Perdi a vontade de estar triste. Perdi você. Me perdi também, mas foi pra te encontrar.

Eu ando perdendo coisas demais ultimamente, mas pelo menos eu me achei de novo. E você que é um leitor atento deve ter notado que o título do texto é “Perdas e ganhos”. Pois então... O que eu ganhei nessa história toda? Ganhei minha liberdade. E eu não poderia querer presente melhor.

Monday, September 10, 2007

The show must go on

Depois de uma longa e tenebrosa temporada no inferno negociei minha passagem de volta com o chifrudo e aqui estou eu de novo, com alguns arranhões e escoriações, mas inteira. A recepção foi mais calorosa do que eu esperava. Muitos sorrisos, abraços e congratulações. “Que orgulho, Bruna. Já tava na hora hein?!” E já estava na hora de voltar mesmo. Não vou dizer que foi um passeio agradável, mas devo admitir que os ganhos foram maiores que as perdas. Pois é, vejam só, até me tornei uma pessoa mais otimista. O que um tempinho assando no caldeirão do capeta não faz com as pessoas, não? As escolhas feitas ultimamente podem não ter sido as mais acertadas, mas em determinadas situações não importa a escolha que se faça, contanto que se faça alguma. Melhor do que ficar sem escolha. Desde meu regresso, os dias têm passado rápido e disso não posso reclamar. Mas talvez a rotina tenha se tornado um pouco enfadonha. Não tem acontecido nada de muito emocionante. Anda faltando um pouco de drama, discórdia e confusão. Pra falar bem a verdade já estou ficando com saudades da morada do diabo e espero não demorar muito para visitá-la novamente. Acho que já estou preparada psicologicamente pra arranjar sarna pra me coçar de novo. Sim, eu amo problemas e eu sei que eles me amam também, fazer o que...

Tuesday, August 21, 2007

Se não fizer doce não tem graça

Após uma longa e sofrível sessão de cinema, tá mentira, não foi sofrível porque a companhia era perfeita (ou na época eu julgava ser pelo menos) e o filme era com o Brad Pitt (que pra variar estava horrível, claro). Mas acontece que naquele dia as coisas não saíram conforme o planejado e vou explicar porque... Sabe quando você gosta de alguém e vai ao cinema com essa pessoa? Então... O mínimo que você espera é dar uns beijos nela, correto? Correto. Mas não foi bem assim que aconteceu. Além de não ter beijo nenhum, na hora da despedida (que também é o momento ideal para se beijar alguém) eu ainda tive de ouvir um: “Se não fizer doce não tem graça”. Como assim doce? Vou enfiar um doce no seu c*, pensei comigo mesma e fui embora indignada. Mas passou... O ódio passou, a indignação passou, muita coisa aconteceu e 3 anos se passaram desde o ocorrido naquela tarde fria de sábado. Na verdade nem sei porque me lembrei dessa história, mas com uma coisa vou ter que concordar: Se não fizer doce, REALMENTE não tem graça. Sábias palavras que naquele dia me deixaram puta, mas que hoje fazem total sentido...

Thursday, August 09, 2007

A rua sem saída

Geralmente você vai parar na sua sem saída quando as coisas estão realmente feias pro teu lado e quando a atmosfera insalubre de um bar ou o ambiente aconchegante de um café não servem pra você desabafar e ficar choramingando. Nesses casos a rua sem saída vem bem a calhar e você acaba dando uma passada lá porque precisa de um escape, fugir um pouco da realidade que anda dura demais. Na rua sem saída a trilha sonora normalmente é péssima, mas as companhias são ótimas e rola até um beat box se bobear. Muitos transeuntes passam por lá, mas pouquíssimos param pra ver o que está acontecendo. Lá sempre acontecem conversas de alto nível filosófico, daquelas que mudam a vida e tocam o coração e se não fazem isso pelo menos te fazem rir muito. Aliás, risadas na rua sem saída são uma coisa comum, por mais estranho que possa parecer. Na rua sem saída você tem passe livre pra falar mal de quem quiser, porque não basta reclamar apenas da sua vida, tem que falar da dos outros também. Acho que essa rua é mágica ou possui algum tipo de encantamento porque quando você vai pra lá, vai num estado lamentável e quando sai de lá, sai rindo e o melhor de tudo é que na rua sem saída você sempre acaba descobrindo que há uma saída e que nem tudo está perdido. É realmente um lugar especial, mas quanto menos eu precisar dar uma passada lá, melhor.

Thursday, July 26, 2007

Dorzinha no coraçãozinho

Você solta uma piadinha aqui, um comentário irônico ali, uma metáfora acolá e todo mundo pensa: “Nossa, como ela tá se recuperando bem do seu último relacionamento desastroso. Aposto que vai sair dessa sem seqüelas emocionais”. Há, aí é que eles se enganam. Você finge que está tudo bem porque quer mostrar que é uma mulher superior e que levou a história toda na esportiva. Mas essa não é uma tarefa nada simples.
Tem malditos dias que a porra do coração dói demais, dói tanto que dá vontade de sair gritando e quebrando tudo e você só não faz isso porque essa seria uma atitude de uma pessoa sem amor no coração e pouco civilizada, e é óbvio que nesse momento seu coração transborda amor, bem mais do que você queria, e quanto a civilidade, bem você não é tão civilizada assim não, mas enfim...
O apoio das amigas é fundamental nessas horas. Uma sugere: Passa mercúrio cromo no coração que logo fica tudo bem! Outra fala pra eu encher a cara. Recomendam também que eu vá me benzer. Passar mercúrio cromo não vai resolver nada, quem sabe arrancar a porcaria do coração fora e trocar por um novo resolva, mas a idéia de beber é sempre válida. O problema é que quando você acorda no dia seguinte, além de estar com uma puta ressaca ainda tem a porra do coração que continua doendo pra caralho (mais que no dia anterior, se possível). Estou pensando seriamente em ir me benzer...

Thursday, July 12, 2007

Amor bandido - 2007

Chegou ao final mais uma temporada do seu reality show/novela mexicana favorito “Amor bandido”. Num final apoteótico a mocinha levou um chute na bunda e foi catar coquinho na descida. A audiência como era de se esperar foi espetacular. Segundo os críticos essa temporada do seriado deu um enfoque maior aos aspectos psicológicos das personagens e tentou explicar através dessa abordagem porque elas são tão problemáticas e estranhas. “Foi uma temporada com uma carga dramática bem elevada. Teve muita baixaria, falcatrua e choradeira, como já era esperado.” Os contratos com o elenco já foram renovados. Obviamente algumas personagens, que não caíram nas graças do público, foram retiradas do show. Para a próxima temporada os roteiristas da série prometem várias reviravoltas e surpresas com relação a personagem principal, que no final da temporada resolveu chutar o pau da barraca e se abraçar na garrafa de curaçao blue, de martini, de vinho e todas as outras que encontrou pela frente. “É bem provável que ela mostre um lado mais obscuro e amargo nessa próxima temporada devido aos acontecimentos traumatizantes que ela sofreu”. Com relação ao próximo par romântico da mocinha surge uma dúvida: Será que ela conseguirá entregar seu coração para alguém novamente? Aguarde por mais notícias e não perca a próxima temporada de “Amor bandido”, o único reality show/novela mexicana sem final feliz e transmitido 24 horas por dia.

Wednesday, July 11, 2007

Bad trip

Não é todo dia que te chamam de idiota. Mas quando você resolve dar umas mordidas no pão que o diabo amassou é até normal que te chamem disso, ou coisa pior. Só que no fim das contas é bom ser chamada de idiota, porque aí você lembra que tem que voltar para sua dieta saudável, afinal o pão amassado e pisoteado pelo capeta não tem um gosto nada agradável.

Wednesday, July 04, 2007

Amando, a mando do capeta

Num momento de insanidade temporária resolvo escrever um e-mail expondo todos os meus sentimentos. Convenhamos que alguém mais esperto não faria esse tipo de coisa. Alguém mais esperto provavelmente fingiria que nem se importa. Mas como eu já disse estou alegando insanidade temporária e essa será minha defesa.
Me levanto e abro o bloco de notas e nesse instante uma vozinha dentro de mim diz: “O que você tem nessa cabeça? Feche agora esse maldito bloco de notas e nem pense em escrever um e-mail sobre como você sente falta daquele demônio!”
Esse era meu lado racional falando. Todavia, o lado emocional me dizia: “Você precisa se livrar desse peso que você carrega nesse singelo coraçãozinho que não tem culpa de estar amando. Escreve logo de uma vez!” E adivinha quem levou a melhor nesse conflito interno entre razão e emoção?
Num ato de desmedida coragem, pois é, burrice agora ganhou outro nome, resolvo então escrever.
Depois de três horas, tentando soar o mais sensata possível, consigo finalizar o bendito e-mail. Mas não me sinto preparada para mandá-lo ainda. Parece-me que falta algo. Deixo então, o bloco de notas aberto, caso mais alguma coisa tenha de ser escrita.
O que eu não sabia é que escrever seria a parte fácil. Enviar o e-mail, porém, se mostrava uma tarefa bem mais difícil do que eu pensava. Depois de ler o e-mail 483 vezes (ainda bem que não sou quase nada perfeccionista, leia-se: chata) e me certificar que tudo estava nos conformes finalmente resolvo envia-lo.
Quando vou clicar no “enviar” a vozinha da razão tenta um apelo final: “Tem certeza que vai mandar isso mesmo? Olha que não tem mais volta depois de enviado.” Aí é a vez da emoção revidar: “Ah, olha o trabalho do cão que você teve pra escrever esse e-mail, você já tá na merda mesmo. Manda!”

Placar final: Emoção 19 x 0 Razão

Monday, July 02, 2007

Dois pra lá e dois pra cá

Toda pessoa possui um talento especial, certo? Certo. Eu sinceramente não descobri ainda qual é o meu, mas posso afirmar com toda certeza do mundo que não é dançar.
Confesso que sempre tive inveja das pessoas mais coordenadas que eu. Me lembro das festas de 15 anos onde todas as meninas sabiam as coreografias dos hits do momento e eu ficava lá com uma cara de paisagem abanando os braços e tentando acompanhá-las e sempre errava os passos. Isso foi traumático. Ainda bem que não preciso mais ir nesse tipo de evento passar vergonha. Mas isso não significa que meus problemas acabaram porque ainda existem vários lugares pra dar vexame dançando.
Se tem uma coisa que eu tenho pavor é quando alguém me chama pra dançar forró. Eu entro em pânico e fico com vontade de fugir, mas as pessoas insistem e dizem: "É fácil, dois pra lá e dois pra cá." Fácil o caralho! Eu simplesmente não consigo e todo mundo que já tentou me ensinar notou que não dá, que eu não nasci pra coisa mesmo. Mas eu já nem ligo mais pra isso, eu não sei dançar e esse é um fato imutável e incontestável.
Então, em nome do bem-estar da nação se algum dia você sair comigo, por favor não me chame pra dançar forró, axé, samba, funk, valsa ou qualquer coisa que exija o mínimo de coordenação motora. Pode me deixar sozinha no canto bebendo que eu não ligo...

Wednesday, June 20, 2007

Ema, ema, ema cada um com os seus pobrema

Você achou que tinha descoberto um novo método revolucionário na resolução de problemas, que consistia no seguinte: Arranjar problemas ainda maiores que o anterior. Tudo bem, essa idéia de se esconder em subterfúgios e não encarar a dura realidade não foi a mais esperta que você teve ultimamente, mas por um tempo realmente deu certo.
Porém, depois de viver a vida intensamente, sair demasiadamente, dançar freneticamente, rir demais, beber todas, aprontar altas falcatruas aconteceu o inesperado: Aquele problema que havia sido jogado pra baixo do tapete e pra todos os efeitos havia sido esquecido, voltou, e voltou com tudo. Bom, na verdade não foi tão inesperado assim porque você sabia que não estava tudo bem, como dizia estar. O fato é que esse negócio de auto-enganação não vai muito longe. Mentir pros outros é fácil, difícil é mentir pra você mesmo e realmente se convencer das coisas que você fala. E temos que concordar que você não mente muito bem, não é?
O grande problema dos problemas é que eles são grudentos, eles vão com você pra onde quer que você vá e é ilusório esperar que eles desapareçam ou se resolvam sozinhos porque eles sempre acabam voltando pra atormentar e, nesse caso, o problema estava o tempo todo lá. Bastou apenas uma música pra te lembrar que ele ainda existia e desencadear numa seqüência de fatos que é melhor nem mencionar. Então da próxima vez não esqueça: Coloque um ponto final na situação e pare de levar com a barriga!

Tuesday, June 19, 2007

Vida bandida

Alguns chamam de infeliz coincidência, outros falam em ironia do destino e há os que acreditam que “é para ser”. Eu particularmente acho que deve ser vodu, macumba ou uma pegadinha do mal, coisa do capeta mesmo. Uma espécie de teste maligno para pôr à prova tudo que eu ando negando nos últimos dias.
Resultado? Não, dessa vez eu resolvi não me afundar na lama de novo, isso não me fez bem da última vez e quem quer que tenha dito que lama faz bem pra pele tava mentindo. É, a vida pode ser cruel às vezes...

Monday, June 18, 2007

Não chegue perto demais

Ultimamente eu tenho estado meio assim sei lá, sabe como? Sem saco pra porra nenhuma, com vontade de chutar o pau da barraca, explodir um shopping, jogar uma bomba na faculdade, reclamando mais do que o normal, falando menos do que costumo falar, tocando um foda-se geral, com vontade de mandar todo mundo pro inferno, completamente sem paciência pras pessoas.
Mas calma, visando o bem-estar da comunidade, a saúde pública já me interditou e declarou que no momento me encontro inapta ao convívio social. De acordo com relatórios, esse comportamento provavelmente deve ser um novo mecanismo de defesa, uma forma de encarar os últimos acontecimentos bizarros na minha vida conturbada. Disseram também que talvez uma quarentena resolva. Então é esperar pra ver...

Wednesday, June 13, 2007

Inundando a cidade - Parte II

Você percebe que chegou ao fundo do poço quando não pára de ouvir música sertaneja e começa a achar que devem ter escrito aquelas letras pensando nos infortúnios que você haveria de enfrentar.
Você fuma que nem uma louca, canta (você não espalha pra todo mundo, mas sabe todas as letras de cor), pensa em tudo que deu errado, chora. Aliás, você não chora, você se descabela de chorar, como se isso fosse resolver alguma coisa. Mas no fundo você se sente menos incompreendida no mundo, afinal quem escreveu letras tão brilhantes deve ter passado pela mesma miséria que você se encontra no momento. Porque duvido que alguém que estivesse feliz conseguiria escrever letras com tamanha profundidade como aquelas.
Aí depois de todo esse ritual você pensa: Meu Deus, em que nível fui chegar? E resolve, então, ouvir uma coisa mais moderninha pra ver se essa sensação ruim vai embora. Mas não adianta, os caras do Arctic Monkeys e do Maximo Park não estendem o que você está passando. Mas o Zezé di Camargo e o Luciano entendem. E a vodka também. Ah como entendem...

Monday, June 11, 2007

Estranho, muito estranho

É sábado quase 23 horas e minha mãe passa pelo meu quarto e pergunta:
- Tá doente?
Respondo que não e pergunto por que. Ela responde:
- O que tá fazendo em casa então?
Essa é realmente uma ótima pergunta. Afinal eu já não saí ontem e usei como desculpa a preguiça. Hoje a minha desculpa é que fui acometida por uma leve dor de garganta, estou indisposta e preciso fazer um trabalho da faculdade. Semana passada eu também não coloquei meu pé pra fora de casa durante o fim de semana. Minha desculpa? Não me lembro. Só lembro que passei o fim de semana vendo filme e comendo tudo que eu via pela frente.
O que está acontecendo comigo? Será que eu estou estragada? Ou pior: Será que virei uma velha, chata e mal-amada e não percebi? Antes no meu vocabulário não existiam as palavras preguiça e doença num fim de semana.
Estou ficando com medo disso e o que me dá mais medo é o fato de estar gostando desses meus programas solitários de gente velha, chata e mal-amada.
Alguém aí por favor faça o favor de me tirar de casa, nem que pra isso seja necessário me levar pelos cabelos. Ficarei muito agradecida...

Thursday, June 07, 2007

Inundando a cidade - Parte I

Por culpa de um sonho que tive com você
Todas as lembranças retornaram
E momentos que ainda estão por vir
Experiências que iríamos dividir

Pela primeira vez em muito tempo eu sorri
A dor por um momento aliviou
Resolvi então te procurar
E te propor tentar mais uma vez

Fui culpado por nossa vida desmoronar
Tive um sonho
Onde tudo entre nós parecia melhorar
Mas depois de ver você feliz
Ao lado de outro alguém
Sei que essa dor não vai passar

Eu tinha tantos planos pra nós dois
Estava pronto pra tentar recomeçar
Pronto pra te mostrar o quanto eu mudei
Sem saber que pra você já era tarde demais

Fui culpado por nossa vida desmoronar
Tive um sonho
Onde tudo entre nós parecia melhorar
Mas depois de ver você feliz
Ao lado de outro alguém
Sei que essa dor não vai passar

Sunday, June 03, 2007

Noite passada eu vi meu mundo explodir

Penso em você antes de pegar no sono. Termômetro marcando 7º graus. 3:29 da manhã. Por que fui inventar de sair hoje? Ainda bem que estou voltando pra casa, não agüentava mais. Um turbilhão de pensamentos. Perco meu chão. Sinto o coração bater forte e descompassado. Você passa e não me vê. Quem é vivo sempre aparece pra atormentar e trazer lembranças à tona. Meu riso cessa imediatamente. Não, não pode ser, mas é. Longa espera, numa noite fria. Risadas, muitas risadas. Finalmente! Vamos embora? Minutos intermináveis. Reclamações. Música ruim. Como eu poderia adivinhar que o pior ainda estava por vir? Mudança de ambiente. Deixa assim, tentar encontrar consolo em outros braços não funciona mesmo. Tudo bem. Achei que ontem tinha sido bom pra você também. Um beijo no rosto e uma desculpa esfarrapada. Surge uma certa tensão no ar na hora da despedida. Mas não é nem meia-noite e as coisas já começam a desandar. A noite parece promissora. Risadas. Companhias agradáveis. E assim eu saio... Traduzindo: Vou sair por aí na esperança de te encontrar porque eu preciso de um último abraço e de um último beijo. Chega sexta-feira à noite e eu penso: Sexta não é dia de ficar mofando em casa.

Saturday, June 02, 2007

Muita calma nessa hora

Em meio ao caos, gritaria e ao desespero coletivo mediante à tragédia que acabara de ocorrer, surge alguém calmo, sensato e coerente tentando apaziguar os ânimos das pessoas com a brilhante sentença:
- Calma, caralho! Agora não adianta brigar, porra! Já fodeu mesmo..

Adivinha quem era esse ser brilhante e com esse linguajar polido?
Sim, acertou!
(Mas que as pessoas se acalmaram, ah isso elas se acalmaram).

Wednesday, May 16, 2007

Every time you close your eyes, lies

Os dias então foram ganhando mais cor. Tudo parecia finalmente se encaixar. Todas as preocupações que costumavam me afligir tornaram-se insignificantes naqueles dias.
Um sentimento inesperado, intenso e arrebatador. Era a felicidade chegando. E assim como ela chegou, foi embora. De repente, sem avisar e me deixou com aquela sensação de vazio e com aquele gosto amargo na boca. Durou pouco, mas o suficiente pra permanecer dentre minhas memórias mais felizes e deixar saudades.
Gostaria de poder voltar atrás e fazer tudo diferente, queria que minhas palavras, antes tão doces, não estivessem tão cheias de amargura e rancor nesse momento.
Engraçado como a perspectiva das coisas muda tão rapidamente. E isso me faz questionar se valeu a pena. Desistir teria sido mais fácil, entretanto, eu escolhi insistir, mesmo já sabendo desde o inicio que não daria certo. Por quê? É exatamente essa pergunta que não consigo responder.

Saturday, April 28, 2007

Não olhe pra trás, é perigoso

Planeje cuidadosamente sua fuga. Um deslize pode comprometer todo o andamento do processo. Deixe para trás tudo que passou. Esqueça tudo que já foi dito. Rasgue todos os retratos, cartas e lembranças porque você não vai precisar de mais nada disso daqui pra frente. Fuja dos velhos hábitos, da rotina e tudo que te leve a pensar naqueles momentos. Não se prenda ao passado porque mesmo você querendo, nada vai ser como antes. Siga em frente e não tema as mudanças, mesmo sendo difícil no começo. É tudo uma questão de costume. Feche essa porta e não olhe para trás.
Parabéns, você está livre! Comemore, pois não há presente melhor que a liberdade!
Teoricamente simples, não?

Thursday, February 08, 2007

Sinceridade

Sempre acreditei que a sinceridade fosse a peça fundamental para qualquer tipo de relação. Mas todos temos nossos segredos e talvez alguns devam ficar guardados. Falar a verdade nem sempre ajuda e nem sempre surte o efeito desejado. Talvez todos nós estejamos fadados a viver com algum peso nos ombros. Algum sentimento de culpa, remorso, arrependimento ou até mesmo ódio. Quando você toma a decisão de contar a verdade, qualquer que seja ela, deve estar preparado para todas as conseqüências e repercussões, que às vezes podem ser catastróficas. O problema é que a verdade dói. Então não podemos esperar que tudo saia do jeito que queremos ao contá-la. Outro fator importante a ser levado em conta é que mentiras e omissões sempre acabam sendo descobertas e quando isso acontece acaba sendo pior do que ter contado a verdade. Portanto, liberte-se. Não viva de mentiras. Tenha coragem, pois não tem sensação melhor do que sentir-se de consciência limpa.

Thursday, January 25, 2007

Se arrependimento matasse, certamente eu já estaria a 7 palmos do chão. Queria simplesmente poder apagar todas as experiências mal-sucedidas de minha memória, mas aí me lembro que são estas que me tornaram a pessoa que sou agora. E eu não ando muito satisfeita com essa pessoa que me tornei. Felizmente dá tempo de mudar ainda. Será mesmo que dá? Espero sinceramente que sim. "Tudo que vai, volta". Eu realmente passei a acreditar em carma de uns tempos pra cá...