Monday, October 15, 2007

Sunday, bloody sunday

Eu odeio domingos. Sério mesmo. Com todas as forças do meu coração! Domingo geralmente não tem nada de interessante pra fazer e como não tem nada de interessante pra fazer você começa a pensar e se você pensa demais é óbvio que não vai resultar em algo bom. Aí bate aquela bad sinistra mesmo. Normal. Mas antes que isso aconteça você sai de casa. Sinuca no domingo sempre vai bem, certo? Teoricamente sim.
Tá tudo correndo bem até que entre um gole e outro de um vinho ruim pra burro você resolve abrir seu coração e conta suas últimas façanhas no mundo da falcatruagem. Óbvio que você é advertida pelo seu comportamento inconseqüente porque as amigas, aquelas de verdade mesmo, metem o pau em você sem dó nem piedade. Dói, mas críticas construtivas sempre são bem vindas. Posto que cheguei a uma conclusão: Se não quer realmente saber o que os outros pensam, não se atreva a perguntar se não estiver preparada psicologicamente pra ouvir a resposta. Mas enfim...
Naquele dia chegando em casa pensei: Finalmente acabou essa merda de dia! Pff... Doce ilusão. Quando deitei minha cabecinha no travesseiro esperando por lindos sonhos fui acometida por uma estranha sensação. Algo que já não se manifestava com essa intensidade no meu ser há algum tempo. Alguns costumam chamar isso de loucura. Eu chamo de amor. Então tive de fazer algo para acabar com essa agonia. Peguei meu caderninho e desatei a escrever. Depois de encher várias linhas com frases de efeito e apelar para alguns clichês, hipérboles e romantismo barato, finalmente consegui pegar no sono alimentando no peito um sentimento que segunda-feira seria o dia de fazer mudanças significativas na minha vida. Mas logo que acordei aquela idéia de transformação pessoal, tomada de decisões e todo esse blá blá blá foi pro lixo, junto com o monte de baboseira que escrevi durante a madrugada. Bem que meu horóscopo tinha dito pra eu não criar esperanças sobre alguma coisa. Que saco!
Engraçado que nesses momentos de arrependimento sempre me vem à cabeça a música “Look what happened” do Less Than Jake: “And I swear it's the last time and I swear it's my last try.” Eu já devo ter dito pra mim mesma que seria a última vez umas 73 vezes, mas acaba que eu sempre penso: Ah, só mais uma vez não vai fazer mal, e tá feita a merda (de novo). Mas tudo bem. Dessa vez não houve maiores problemas. Há males que vem pra bem. O que me fez chegar a minha 2ª conclusão: Não queira ter discussões sobre relacionamentos inexistentes. Porque quem procura acha. Acha problema. E é por essas e outras que odeio domingos. Se bem que as segundas não ficam muito atrás...