Friday, September 19, 2008

Dona B. e seus problemas

Após uma maratona de compras no shopping num belo dia ensolarado e depois de tanto andar e suar (eca!) nada como chegar em casa, arrancar todas as roupas e ficar desfilando só em trajes íntimos. Na verdade de belo o dia não tinha nada, pois eu estava com uma dor de cabeça filha da puta, sem contar que estava um calor da porra. Mas eu mal sabia que o pior ainda estava por vir...
Sentei no sofá pra descansar e minha querida mamãezinha soltou a seguinte simpatia:
- Ih, olha só! Você tem varicoses nas pernas. Vai ser cheia de varizes igual tua vó! Hihihi
Sei lá o que ela tava achando tão divertido nisso, mas eu não achei nada engraçado. Ela até tentou melhorar a situação dizendo que não entendia como eu podia comer como uma porca e não engordar (é, definitivamente eu tenho a quem puxar esse meu lado sutil). Mas não adianta. Mesmo me elogiando (?) o estrago já estava feito. VARIZES! AAAAAAAAAAH!
Não consegui mais parar de pensar nas malditas depois disso. Ok. Eu sei que talvez seja meio cedo pra entrar em pânico, mas, mas, mas... e a tattoo que eu ia fazer na batata da perna como fica nessa história? Aparentemente vou ter que escolher outro lugar pra fazer já que daqui a alguns anos as varizes vão ter tomado conta das minhas pobres perninhas. AAAAAAAAAAH! Me desculpem, mas eu tô surtada. Preciso extravasar!
Porra... era só o que me faltava né? Esses dias encontrei um fio de cabelo branco na minha cabeça e já achei o fim da picada. Agora ISSO! O que mais falta me acontecer? Tá. Melhor evitar esse tipo de pergunta pra não atrair energias negativas. Ainda bem que pelo menos careca eu não vou ficar (eu acho)...

Tuesday, September 09, 2008

I say yes when I ought to say no

- Me leva na rodoviária?
- SIM (Pensando: Ai, hoje eu não tenho tempo pra isso porque já to atrasada pra fazer trabalho na faculdade)!

- Vamos cortar o cabelo comigo?
- SIM (Pensando: Hum, que programa de índio)!

- Mata aula e vai ao cinema comigo?
- SIM (Pensando: Hoje eu não deveria matar aula, já matei semana passada)!

- Dorme comigo essa noite?
- SIM (Pensando: Ah, que mal pode fazer? Eu já joguei meu amor-próprio no lixo faz tempo mesmo)!

- Promete que vai ligar e mandar mensagem?
- SIM (Pensando: Meu auto-controle diz pra não correr atrás nunca, mas foda-se ele)!

- Vamos ao banco comigo?
- SIM (Pensando: Puta merda, que saco. Só vou porque eu devo ter batido minha cabeça e realmente estar apaixonada por você)!

- Vem aqui pra casa ver um filme comigo?
- SIM (Pensando: Teoricamente eu deveria estudar pra prova de sociologia de amanhã, mas foda-se o Karl Marx e sei lá mais quem)!

- Vai até o inferno e dá um abraço no capeta por mim?
- SIM (Pensando: Dou um abraço, um beijo e ainda sento no colo dele por você)!

Depois eu ainda fico me questionando o porquê das coisas sempre darem errado pra mim. Tsc tsc. Queria aprender a dizer “não” de vez em quando. Acho que mal não faria... Pessoas solteiras ou sem vínculos afetivos são tão mais espertas. Tenho inveja delas e muito ódio de mim às vezes.

P.S. O título original do texto era “I’m a loser”, mas como isso está implícito em cada linha dele resolvi optar por um título menos loser.

Wednesday, September 03, 2008

V for Vendetta - Parte II

Eis que numa quarta-feira fria e cinza a professora de Criação pediu um trabalho relacionado ao filme “V de Vingança”. “Oba! Finalmente algum trabalho legal nessa bodega!” Pensei comigo mesma. Aliás, deve ser a 1ª vez que tive um trabalho pra fazer e nem amaldiçoei até a 13ª geração do/a professor/a. Mas também, pudera, quando pedem trabalhos relacionados a filmes ou livros, geralmente pedem pra você assistir/ler coisas chatíssimas e que te dão vontade de bater com a cabeça na parede ao invés de fazer o trabalho.
Ano passado, por exemplo, a professora pediu pra assistir “À procura da felicidade.” Lembro que tive que ver duas vezes seguidas a desgraça do filme para poder analisar todos os planos e câmeras dele para poder fazer o maldito trabalho. Ok. Confesso que peguei ódio do filme por causa do trabalho chato. Mas ah, convenhamos, o filme não é lá grande coisa não. Super manjado. Eu também estou procurando a felicidade faz tempo, mas não sei onde a bandida se enfiou.
Mas voltando ao V... Só sei que vi o filme pela 5ª ou 6ª vez (sei lá, já perdi as contas), chorei que nem uma desgraçada no final (de novo), fiz o trabalho e fui dormir feliz da vida (de novo).
Aiai... Bem que no próximo trabalho podiam pedir para nós vermos Vanilla Sky ou Cidade dos sonhos. Juro que nem ia reclamar!

P.S. 1 Definitivamente eu deixo a desejar no quesito “talentos artísticos” já que o cartaz que eu tive que fazer pro filme ficou uó. Parece que foi minha irmãzinha de três anos que fez, então nem vou entrar nesses méritos...
P.S. 2 Eu sei que a maioria dos fãs da HQ de “V de Vingança” detesta essa adaptação cinematográfica da obra de Alan Moore, mas o filme, apesar de ter várias alterações com relação ao roteiro original e ter aquela pitada hollywodiana continua sendo ótimo porque é corajoso, consegue se afastar do lugar comum e também consegui ir bem além da diversão desprovida de inteligência a qual estamos acostumados (na minha humilde opinião, é claro). Com relação aos quadrinhos, a leitura é mais do que recomendada. Muito foda!

Monday, September 01, 2008

V for Vendetta - Parte I

Lembro-me bem da primeira vez que vi “V de Vingança”. Foi num sábado a noite frio e solitário. A amiga recomendou: “Assista porque é foda!” Nem botei muita fé, porque a referida camarada tem um gosto, digamos, duvidoso para filmes. Mas como eu já mencionei era sábado, a ressaca moral da noite anterior era grande e não tinha nada melhor pra fazer mesmo.
Surpreendentemente achei o filme fantástico, tão fantástico que até esqueci dos problemas que afligiam minha existência naquela noite em questão. Ao final do filme senti despertar em mim um espírito revolucionário que nem eu sabia que existia aqui dentro. Meus problemas pareceram, então, insignificantes diante de tanta merda que tava acontecendo no mundo e eu nunca tinha parado pra pensar direito. O fato é que fui dormir feliz da vida (não sei explicar exatamente porque) e acalentando no peito uma vontade de mudar o mundo e fazer a diferença.
Ok. Ok. No dia seguinte eu já tinha esquecido essa ladainha de mudar o mundo e me resignei a minha vidinha medíocre e sem maiores pretensões. Então, alguns meses se passaram. Não sei quantos exatamente porque eu sou péssima em me localizar no tempo/espaço.
(...)