Sunday, April 11, 2010

Where is my mind?

Quando questionei se ela realmente estava disposta a jogar tanto tempo de convivência no lixo, ela me respondeu sem pestanejar: “Já joguei”, ao passo que retruquei: “Eu não vou simplesmente fingir que nada aconteceu. O sentimento é meu e eu faço o que bem entender com ele”.
Ela riu e começou a se dirigir lentamente para a saída do bar, então finalizei: “Eu vou te amar para sempre”. Sabe-se lá porque diabos eu disse isso. Não posso dizer que era uma mentira, tampouco posso afirmar que era verdade. Afinal, foram tantos altos e baixos que seria impossível datar qualquer sentimento que fosse, ainda mais tratando-se de uma jura de amor eterno. Ok. Talvez eu tenha exagerado no meu comentário, mas na hora juro que precisei dizer isso.
Ela ficou calada e subiu as escadas enquanto meus olhos acompanhavam seus movimentos. Ela não olhou uma única vez para trás. A desgraçada era forte. Ou pelo menos aparentava ser. Ao contrário de mim. Senti lágrimas rolando pelo meu rosto, mas não havia mais nada a ser feito ou dito. Tudo tinha ido parar na lata de lixo, como ela mesmo tinha mencionado. Voltei pra casa chorando copiosamente. Coisa que não fazia há tempos. Não por ela pelo menos, pois achei que estava tudo resolvido. Achei...
O engraçado é que aproximadamente seis meses depois desse episódio cá estou eu, num domingo à noite, gripada, fudida, mal paga e pensando: PUTA QUE PARIU! O que eu tinha na minha cabeça pra amar tanto essa criatura? NADA, certo? Pois é. Que bom que o tempo passou e eu tomei vergonha na cara... Mesmo!

P.S. Que venham los otros amores, porque agora estou preparada!