Sunday, April 25, 2010

Equilíbrio distante

Uma das coisas mais interessantes que eu ouvi na faculdade (e não tinha nada a ver com Publicidade e Propaganda) foi a seguinte frase: “A felicidade reside no meio-termo entre os extremos. O vício está nos extremos.”
Na verdade é uma questão que me faz pensar até hoje. Por que diabos é tão difícil atingir o equilíbrio? Por que é tão mais fácil pender para algum lado da balança e agir antagonicamente sempre? Claro que se eu fosse uma pessoa comedida e sensata, provavelmente estaria me perguntando: “Por que não consigo ser porra-louca e inconseqüente?” Normal. As pessoas geralmente não estão satisfeitas com o modo como elas são e sempre estão tentando mudar, mesmo que falhem miseravelmente na maioria dos casos. Sim, modificar certos hábitos adquiridos ao longo de uma vida às vezes é extremamente penoso. Mas não é impossível, claro.
Aliás, admiro muito as pessoas que têm a capacidade de parar, pensar, avaliar as conseqüências e agir de forma racional. Sério, acho fantástico, mas não consigo. Infelizmente, eu sou extremista e impulsiva. Daquele tipo que faz alguma coisa e no minuto seguinte já está arrependida, se remoendo e dizendo que não vai acontecer de novo. Mas ah, sempre acontece de novo... Esse tipo de situação ocorre em escala bem freqüente, diga-se de passagem.
E não é que eu ache que não sou feliz porque sou do tipo 8 ou 80. Não tem muito a ver com felicidade, mas é que trabalhar nos extremos e agir impulsivamente me ocasiona uma série de problemas. Ser sensato até que traz uma sensação boa, mas sei lá, é meio tedioso. Talvez eu deva aceitar o desequilíbrio da minha balança e aprender a apreciar isso. Talvez ser coerente não resolva porra nenhuma no final das contas.