Monday, May 05, 2008

Filósofos de boteco

Conversa vai, conversa vem. Assuntos de extrema relevância são discutidos no bar, como por exemplo o caso de Ronaldo e os travecos, o homossexualismo na Grécia antiga, o frio de Curitiba e por aí vai. Na volta pra casa começa uma discussão acalorada sobre relacionamentos e meu amigo pergunta: “Você espera encontrar alguém que preste na balada?” Eu respondo: “Não acho impossível”. Porque pra mim “prestar” é relativo. Depende da situação e do que você julga ser bom pra você naquele momento.
Aliás, eu vou além. Acho que dá pra encontrar pessoas que “prestam” em qualquer lugar. O problema é que às vezes eu tenho medo das pessoas porque eu penso: “Se eu sou um traste porque aquela pessoa vai ser melhor do que eu?”. É melhor ir esperando o pior mesmo, porque no máximo você vai dizer: É, eu já sabia que isso ia acontecer. Claro que pode acontecer da pessoa te surpreender positivamente, mas é bem mais raro. Mas o fato é que o que não presta sempre me despertou o interesse. E eu sei que isso também acontece com 77,13% das pessoas que eu conheço. Ok, a estatística é forjada mas era só pra dar um pouco mais de credibilidade pra história. Entretanto a linha de pensamento tem seu fundo de verdade. Acho que pessoas “certinhas” nunca fizeram o meu tipo e não sei se isso um dia mudará.
Como no momento eu não penso em me casar e constituir família o conceito de prestar pra mim não faz tanta diferença. Eu só quero alguém que preste pra conversar, ir ao cinema comigo, andar de mãozinha dada e dormir abraçada no frio. Não é pedir demais, é?