Thursday, September 17, 2009

Chega de saudade

Às vezes, quando não tem nada melhor para fazer, você resolve ouvir música, fumar um cigarro atrás do outro e pensar na vida. Em meio a vários devaneios você se flagra pensando naquele amor do passado que deu errado. Se bem que considerando as circunstâncias é até estranho que tenha durado tanto. Mas enfim...
Você começa a lembrar de situações, lugares, frases, músicas. A saudade te invade. Mas é uma saudade morna, daquele tipo que é preferível nem sentir. Aí você se questiona: Como tudo foi acabar tão mal? Bom, essa é fácil de responder. É porque já começou mal. De repente, o Winamp resolve tocar a música de vocês. Aquela que fazia você sair correndo na balada ao encontro da razão do seu afeto, cantar aos berros e viver os 3'14'' mais felizes da sua vida. Mas ah baby, você devia saber que o Paul Banks estava certo o tempo todo. Era tarde demais.
O engraçado é que agora você não consegue mais ouvir essa bendita música e sempre que ela começa a tocar, você pula para a seguinte. E não é porque ela traz memórias à tona. É porque você ouviu tanto, mas tanto, que encheu o saco. Assim como aquele sofrimento repetido ad infinitum.
O fato é que você não sente mais saudades daquela pessoa e sim daquele sentimento que te arrebatou. O que você queria na verdade era amar loucamente de novo. Sentir toda aquela intensidade. Ter aquela inspiração que inebria para escrever páginas e páginas declarando todo seu amor. Você queria um daqueles amores que te fazem perder a compostura e a dignidade. O mundo parece ter proporções administráveis quando você o considera dentro desses parâmetros. Do contrário ele parece tão solitário e enfadonho.
Pois é, a falta de um amor é um tédio só. O problema é que nesse caso, quem procura não acha. Ou só acha trastes. "Não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue". Ainda bem esse semestre você tem uma monografia da faculdade pra ficar BEM distraída...